Números 23:27-30, Números 24:1-25, Números 25:1-18 OL

Números 23:27-30

A terceira profecia de Balaão

Então Balaque insistiu: “Vou levar-te ainda para outro lugar. Talvez Deus te deixe amaldiçoá-los ali.” Balaque levou Balaão para o cimo do monte Peor, sobranceiro ao deserto.

Balaão disse ao rei para construir sete altares e para sacrificar sete novilhos e sete carneiros. Balaque fez conforme essa indicação e ofereceu os animais nos altares como anteriormente.

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Números 24:1-25

Balaão viu bem que os planos do Senhor eram de abençoar Israel. Por isso, nem sequer foi desta vez procurar adivinhá-los, como fizera antes. Em vez disso, voltou-se logo para o deserto. Olhou para os israelitas, que se encontrava lá em baixo, distribuído pelas suas áreas tribais.

E o Espírito de Deus veio sobre ele, declarando esta profecia a respeito do povo:

“Balaão, filho de Beor,

o homem que tem os olhos abertos,

que ouve a palavra de Deus,

e que tem a visão da parte do Todo-Poderoso.

Inclina-se até ao chão, mas tem os olhos abertos:

Oh! Que alegrias esperam por Israel,

que contentamentos haverá nos lares de Jacob!

Vejo-os espalhados diante de mim como vales verdes,

como jardins verdejantes à beira de rios,

como aloés plantadas pelo próprio Senhor,

como cedros junto à fonte de água.

A água corre dos reservatórios deste povo,

e com a água, as searas produzirão muito.

O seu rei revelar-se-á como sendo bem maior do que Agague.

O seu reino será exaltado.

Deus os tirou do Egito.

Israel tem o poder de um boi selvagem.

Devorará as nações que se lhe opuserem,

esmigalhará os seus ossos em pó,

crivá-los-á de flechas.

Ali está Israel descansando como um leão, como uma leoa:

Quem ousará perturbá-lo?

Abençoado será quem te abençoar, ó Israel,

e maldito quem te amaldiçoar!”

O rei Balaque estava cheio de cólera. Brandindo os punhos cerrados de fúria, gritou: “Eu chamei-te para amaldiçoares os meus inimigos e afinal acabas por abençoá-los já por três vezes! Fora daqui! Vai lá para donde vieste! Tinha planeado elevar-te a um cargo de grande honra, mas o Senhor privou-te desse privilégio!”

Balaão replicou: “Não disse eu aos teus delegados que mesmo que me dessem um palácio cheio de ouro e prata, não poderia ir além das palavras do Senhor? Não poderia dizer uma só palavra da minha lavra. Sim, vou com certeza regressar para donde vim, para a minha terra. Mas primeiro deixa-me dizer-te o que os israelitas vão fazer ao teu povo futuramente.”

A quarta profecia de Balaão

E disse-lhe mais esta profecia:

“Balaão, o filho de Beor,

é o homem cujos olhos estão abertos,

que ouve as palavras de Deus,

que conhece os pensamentos do Altíssimo,

que tem a visão da parte do Todo-Poderoso,

que se inclina até ao chão e cujos olhos estão abertos:

Vejo o futuro de Israel,

vejo bem longe o seu trilho.

Há de aparecer uma estrela vinda de Jacob!

O governante de Israel esmigalhará o povo de Moabe,

e destruirá os filhos de Sete.

Israel virá a possuir todo o Edom e Seir.

Eles vencerão os seus inimigos.

De Jacob erguer-se-á um que na sua força

acabará com os sobreviventes da capital.”

A quinta profecia de Balaão

Em seguida, Balaão virou-se para Amaleque e profetizou ainda:

“Amaleque foi o primeiro das nações,

mas o seu destino será a destruição!”

A sexta profecia de Balaão

Depois, referindo-se aos queneus disse:

“Sim, estás situada num sítio com toda a segurança,

o teu ninho está posto sobre as rochas!

Mas os queneus serão também destruídos

e o poderoso exército do rei da Assíria

te levará para longe desta terra!”

A sétima profecia de Balaão

E concluiu assim estas profecias:

“Ai de nós! Quem poderá viver

quando é Deus quem faz estas coisas?

Virão até barcos das costas de Chipre,

que oprimirão tanto Eber como a Assíria.

Também eles hão de ser destruídos.”

Desta forma, se separaram Balaão e Balaque e regressaram cada um ao seu lugar.

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Números 25:1-18

Moabe seduz Israel

Enquanto Israel estava acampado em Sitim, alguns dos homens do povo começaram a juntar-se com as raparigas moabitas. Estas, por sua vez, também os convidavam para os sacrifícios aos seus deuses e em breve os homens não só assistiam aos festejos como até já se inclinavam em adoração perante aqueles ídolos. Portanto, Israel tornou-se ligado a Baal-Peor, o deus de Moabe. E a cólera do Senhor acendeu-se contra o seu povo.

Por isso, deu a seguinte ordem a Moisés: “Executa todos os chefes de tribo de Israel. Enforca-os em plena luz do dia, para que a cólera do Senhor se retire deles.” E assim Moisés ordenou aos juízes que executassem todos os que tinham adorado a Baal-Peor.

Contudo, um dos homens israelitas trouxe uma rapariga midianita para o acampamento, ali mesmo diante dos olhos de Moisés e de todo o povo, enquanto choravam à porta da tenda do encontro. Fineias, filho de Eleazar e neto de Aarão, perante isto, avançou do sítio em que se encontrava, pegou numa lança, correu para a tenda daquele homem, para onde já tinha levado entretanto a rapariga, e atravessou-os a ambos com a lança a qual, perfurando o homem, veio enterrar-se no estômago da moabita. Com isso parou uma praga que entretanto se alastrara, mas não sem que 24 000 pessoas tivessem já morrido.

Então o Senhor disse a Moisés: “Fineias, o filho de Eleazar e neto de Aarão, o sacerdote, conseguiu afastar a minha cólera, porque estava tão indignado como eu, com zelo pela minha honra; e dessa maneira suspendi a destruição de todo o Israel, como era minha intenção. Diz-lhe que far-lhe-ei uma aliança de paz. Por isso, em consequência do que ele fez, do zelo que demonstrou pelo seu Deus, e porque dessa forma fez resgate pelo povo de Israel, prometo que tanto ele como os seus descendentes serão sacerdotes para sempre.”

O nome do homem que foi morto com a rapariga midianita era Zimri, filho de Salu, chefe da tribo de Simeão. O da rapariga era Cozbi, filha de Zur, príncipe midianita.

O Senhor disse a Moisés: “Considera os midianitas como inimigos e destrói-os, porque eles perturbaram-vos com os seus enganos, levaram-vos até a adorar Baal-Peor, e seduziram-vos, como foi o caso de Cozbi, a midianita, que foi morta pela praga em Baal-Peor.”

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