Lucas 9:28-56 OL

Lucas 9:28-56

Jesus transfigura-se

(Mt 17.1-13; Mc 9.2-13)

Aproximadamente oito dias depois de proferir estas palavras, levou consigo Pedro, Tiago e João e subiu ao monte para orar. Enquanto orava, o seu rosto começou a brilhar e o seu vestuário ficou de uma brancura resplandecente. De súbito, dois homens, Moisés e Elias, puseram-se a falar com ele. O aspeto deles era glorioso e falavam da sua morte que iria ocorrer em Jerusalém.

Pedro e os outros, de tão cheios de sono que estavam, adormeceram. Ao acordarem, viram Jesus cheio de esplendor e glória, e os dois homens que estavam com ele. Quando Moisés e Elias se iam retirar, Pedro, não sabendo o que dizer, exclamou: “Mestre, que bom é estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias!”

No momento em que dizia isto, uma nuvem formou-se por cima deles e encheram-se de terror, quando a nuvem os envolveu. Uma voz que saía da nuvem disse: “Este é o meu Filho, a quem escolhi. Ouçam-no!” Quando a voz se calou, ficou apenas Jesus. Os discípulos guardaram silêncio e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.

A cura do rapaz com um espírito mau

(Mt 17.14-19; Mc 9.14-29)

No outro dia, quando desceram do monte, veio ao seu encontro uma grande multidão. Um homem gritou-lhe: “Mestre, este menino que aqui está é o meu único filho. E há um demónio que se apodera dele e o faz gritar, abanando-o com violência, a ponto de espumar pela boca. Esse demónio fá-lo ferir-se constantemente e não o deixa em paz. Já roguei aos teus discípulos que o expulsassem, mas não foram capazes.”

Jesus respondeu: “Ó povo sem fé e obstinado! Até quando terei de andar convosco e de vos suportar? Traz-me cá o teu filho!” Quando a criança se aproximava, o espírito impuro atirou-a ao chão numa violenta agitação. Mas Jesus, ordenando-lhe que saísse, curou o menino e entregou-o ao pai. O espanto apoderou-se do povo ao ver esta manifestação do poder de Deus.

Jesus fala outra vez da sua morte e ressurreição

(Mt 17.22-23; Mc 9.30-32)

Entretanto, enquanto se admiravam das coisas maravilhosas que fazia, Jesus disse aos discípulos: “Ouçam-me e lembrem-se do que vos vou dizer. O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.” Eles, porém, não compreendiam o que ele dizia; tal estava-lhes velado, de modo a não o perceberem, e tinham medo de lhe fazer perguntas sobre isso.

Quem será o maior?

(Mt 18.1-5; Mc 9.33-37)

Surgiu então entre eles uma discussão sobre qual dos discípulos seria o mais importante. Jesus, contudo, conhecendo-lhes os pensamentos, colocou uma criancinha ao seu lado e disse-lhes: “Quem receber uma criancinha como esta, em meu nome, é a mim que recebe. E quem me receber recebe aquele que me enviou. O mais insignificante entre vós, esse é o maior.”

Quem não é contra nós é por nós

(Mc 9.38-40)

João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém que se servia do teu nome para expulsar demónios, mas dissemos-lhe que não o fizesse, por não pertencer ao nosso grupo.”

Mas Jesus disse-lhe: “Não o proíbam! Porque quem não está contra vós está do vosso lado.”

Oposição de Samaria

À medida que se aproximava o momento de regressar ao céu, Jesus mostrava-se decidido a ir a Jerusalém. Um dia, enviou mensageiros à sua frente, a fim de reservar hospedagem numa localidade samaritana. Todavia, mandaram-nos embora. O povo daquele lugar não quis nada com eles, porque viram que se dirigiam para Jerusalém. Quando chegou a notícia do que tinha acontecido, os discípulos Tiago e João perguntaram a Jesus: “Mestre, devíamos pedir que caia fogo do céu para os queimar?” Mas Jesus voltou-se e repreendeu-os. E prosseguiram até chegarem a outra aldeia.

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