Lucas 23:26-56 OL

Lucas 23:26-56

A crucificação

(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Jo 19.17-27)

Quando levavam Jesus para ser morto, Simão, um cireneu que acabava de entrar em Jerusalém vindo do campo, foi forçado a acompanhá-los, transportando a cruz de Jesus. Atrás seguia um grande cortejo, incluindo muitas mulheres vergadas pelo desgosto. Mas Jesus voltou-se e disse-lhes: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos vossos filhos. Porque vêm aí dias em que as mulheres sem filhos serão consideradas felizes. As pessoas começarão a clamar às montanhas: ‘Caiam sobre nós!’, e às colinas: ‘Escondam-nos!’ Porque se a mim, a árvore viva, me tratam assim, o que não farão a vocês?”

A acusação contra Jesus

(Mt 27.35-44; Mc 15.24-32; Jo 19.18-24)

E dois criminosos foram levados para serem executados no mesmo local, chamado “A Caveira”. Aí foram crucificados os três; Jesus ao centro e os dois criminosos um de cada lado.

E Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” Entretanto, os soldados lançavam sortes para ver quem ficaria com as suas roupas.

A multidão assistia à cena e os líderes judaicos riam-se e faziam troça. “Ajudava tanto os outros”, diziam. “Vamos a ver se se salva a si mesmo, se é realmente o Cristo, o escolhido de Deus.” Também os soldados troçavam dele. E deram-lhe vinho azedo a beber, gritando-lhe: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” Por cima dele estava esta inscrição:

este é o rei dos judeus.

Um dos malfeitores pendurados ao seu lado também zombava: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e também a nós!”

Mas o outro criminoso repreendeu-o: “Não tens temor de Deus, nem mesmo sofrendo a mesma condenação? Nós merecemos a morte pelos maus atos que cometemos, mas este homem nada fez de mal.” E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.”

E Jesus respondeu: “Garanto-te que hoje estarás comigo no paraíso.”

A morte de Jesus

(Mt 27.45-56; Mc 15.33-41; Jo 19.28-30)

Era quase por volta do meio-dia e a terra inteira ficou em trevas, que duraram até às três horas daquela tarde. A luz do sol desapareceu e o véu do templo rasgou-se em dois. Jesus disse com voz forte: “Pai, entrego-te o meu espírito.” E com estas palavras morreu.

Quando o oficial romano viu o que sucedera, deu glória a Deus e disse: “Não há dúvida de que este homem estava inocente!” A multidão que tinha vindo para assistir à crucificação, depois de Jesus ter morrido, voltou para casa profundamente triste23.48 Literalmente, batendo no peito, que era sinal de tristeza e pesar.. Entretanto, os amigos de Jesus, incluindo as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia, encontravam-se à distância a observar a cena.

O corpo de Jesus no túmulo

(Mt 27.57-61; Mc 15.42-47; Jo 19.38-42)

Um homem chamado José, membro do supremo tribunal, homem de bem e justo, vindo da cidade de Arimateia, na Judeia, não concordara com as decisões e medidas dos outros judeus, mas esperava a vinda do reino de Deus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Assim, desceu o corpo de Jesus e envolveu-o num lençol de linho, colocando-o num túmulo ainda por estrear, escavado numa rocha. Isto aconteceu ao fim de uma tarde de sexta-feira, o dia de preparação para o sábado.

Enquanto o corpo era levado, as mulheres da Galileia acompanharam-no e viram-no ser transportado para dentro do túmulo. Depois, voltando para casa, prepararam os produtos e perfumes necessários para o ungirem. Quando terminaram, era já sábado, pelo que descansaram todo aquele dia, com exigia a Lei judaica.

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