Levítico 26:14-46, Levítico 27:1-34 OL

Levítico 26:14-46

O castigo por desobediência

(Dt 28.15-68)

Contudo, se não me ouvirem e não me obedecerem, antes desprezarem e rejeitarem as minhas leis, anulando assim a minha aliança, não obedecendo às minhas leis, eis o que vos farei: castigar-vos-ei com terrores repentinos e com pânico, e ainda com a tuberculose e com febres ardentes que consomem os olhos e vão destruindo a vida. Hão de semear em vão, porque serão os vossos inimigos que colherão os frutos. Serei contra vocês e hão de fugir na frente dos que vos atacam; serão governados por quem vos odeia. Até fugirão sem haver ninguém que vos esteja a perseguir.

Se continuarem a desobedecer-me, castigar-vos-ei sete vezes mais severamente ainda, por causa dos vossos pecados. Quebrarei a vossa força orgulhosa. Os céus ser-vos-ão como ferro e a terra como bronze. A vossa força se consumirá em vão; porque a vossa terra não vos dará searas, nem as árvores frutos.

E se mesmo assim não me obedecerem e não quiserem ouvir-me, mandar-vos-ei sete vezes mais pragas por causa dos vossos pecados. Enviarei animais ferozes que matarão os vossos filhos, destruirão o vosso gado e vos diminuirão de tal forma que os caminhos ficarão desertos.

E se ainda mesmo assim isto não vos fizer mudar, antes continuarem a andar segundo os vossos desejos, contrários aos meus, então também eu me oporei ao vosso querer; eu próprio vos ferirei sete vezes mais por causa do vosso pecado. Castigar-vos-ei por terem quebrado a minha aliança, trazendo a guerra contra vocês. Hão de fugir para a cidade, mas mandarei pragas que vos apanharão e acabarão por ser conquistados pelos inimigos. Destruirei os vossos fornecimentos de comida de tal forma que um só forno será largamente suficiente para cozer pão para dez famílias; e continuarão com fome ainda depois de terem recebido o vosso pequeno quinhão.

E se continuarem sem me obedecer, então darei largas ao meu furor; mandar-vos-ei um castigo pelos vossos pecados que seja sete vezes mais intenso. Comerão os vossos próprios filhos e filhas; destruirei os santuários pagãos sobre as colinas em que adoraram ídolos; deitarei abaixo os altares de incenso; deixarei que se amontoem os vossos cadáveres por entre os ídolos destruídos; aborrecer-vos-ei. As cidades ficarão desoladas; destruirei os lugares de culto e não aceitarei as vossas ofertas de incenso. Sim, tornarei deserta a terra; os vossos inimigos viverão nela, eles próprios se espantarão com o que vos fiz. Espalhar-vos-ei entre as nações, fazendo desencadear guerras contra vocês por onde forem. A vossa terra ficará desolada e as cidades destruídas. Então por fim a terra descansará e se recomporá dos muitos anos em que não a deixaram repousar; pois manter-se-á desolada todos os anos em que estiverem cativos nas terras dos inimigos. Sim, então a terra descansará e desfrutará dos seus sábados. Poderá recompor-se do repouso que não lhe deram todos os sete anos, quando lá viviam.

Os que ficarem vivos serão levados para terras distantes como prisioneiros de guerra e como escravos, e lá viverão em constantes terrores. O som de uma folha levada pelo vento os fará fugir como se estivessem a ser ameaçados por um homem armado. Cairão sem que alguém os persiga. Sim, mesmo sem ninguém a persegui-los, cairão uns sobre os outros na precipitação, como se fugissem de uma batalha em que não conseguissem suster a força do inimigo. Hão de perecer entre as nações e ser destruídos pelos vossos adversários. E os que ainda ficarem desfalecerão nas terras dos inimigos por causa dos seus pecados, os mesmos dos seus pais.

Mas por fim, se confessarem o seu pecado e as iniquidades que os pais praticaram contra mim, que fizeram que se voltassem contra mim, e eu contra eles, e os levasse para as terras dos seus inimigos; se por fim os seus maus corações se humilharem e aceitarem o castigo que lhes enviei por causa dos seus pecados, então me lembrarei da minha aliança feita a Abraão, a Isaque e a Jacob, e da terra que ficou desolada. A terra desfrutará dos sábados, enquanto está desolada, e por fim aceitarão o castigo por terem rejeitado as minhas leis e desprezado os meus regulamentos. Apesar de tudo o que fizeram, não os destruirei totalmente nem invalidarei a minha aliança com eles, porque sou o Senhor, o seu Deus. Pois trouxe os seus antepassados do Egito, perante a admiração das nações que observavam tudo isso. Eu sou o Senhor.”

Estas foram as leis, mandamentos e instruções que o Senhor deu ao povo de Israel, por meio de Moisés, junto ao monte Sinai.

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Levítico 27:1-34

Normas para coisas consagradas

O Senhor disse a Moisés: “Diz ao povo de Israel que quando uma pessoa fizer um voto especial de se dedicar ela própria ao Senhor, deverá fazer o seguinte pagamento no lugar da pessoa: Um homem entre os 20 e os 60 anos de idade pagará 575 gramas de prata, segundo os pesos do santuário. Uma mulher entre os 20 e os 60 anos pagará 345 gramas de prata. Um rapaz dos 5 aos 20 anos pagará 230 gramas; e uma rapariga 115 gramas. Um menino de um mês até aos cinco anos será avaliado em 58 gramas e uma menina em 35 gramas. Um homem acima dos 60 anos deverá pagar 175 gramas e uma mulher 115 gramas. Mas se a pessoa for tão pobre que não possa pagar esse montante, deverá ser levada perante o sacerdote que avaliará em função dos meios de que dispõe.

Se se tratar de um animal de uma espécie que é permitida oferecer como sacrifício que se faz voto de oferecer ao Senhor, será coisa santa. O voto não pode ser alterado. Aquele que o fez não poderá nem alterar a sua intenção de o dar a Deus, nem substituí-lo, seja o bom pelo mau, seja o mau pelo bom. Se vier a fazê-lo, tanto um como o outro pertencerão a Deus. Mas se o animal for impuro, de uma espécie que não é permitida oferecer como sacrifício, o dono deve trazê-lo ao sacerdote para que o avalie. Se o homem pretender resgatá-lo, deverá pagar mais vinte por cento do que o valor estabelecido pelo sacerdote.

Se alguém dá a sua casa ao Senhor e depois deseja resgatá-la, o sacerdote decidirá o valor e a pessoa pagará essa quantia mais um quinto; e a casa voltará a ser novamente sua.

Se uma pessoa dedicar uma parte do seu campo ao Senhor, avaliá-la-á em função do que pode ser semeado ali. Uma área que requeira 220 litros de semente de cevada, será avaliada em 575 gramas de prata. Se o campo for consagrado no ano de jubileu, o seu valor é aquele que foi indicado. Mas se for depois desse ano, a avaliação será em proporção ao número de anos que restam até ao próximo jubileu. Se a pessoa decidir resgatar o campo, pagará um quinto mais além da avaliação do sacerdote, e poderá reaver o campo. Mas se decidir não resgatá-lo, ou se o tiver vendido a outra pessoa, não deverá voltar à sua posse. Quando chegar o jubileu ficará pertença do Senhor, como um campo que lhe é consagrado, e será dado aos sacerdotes.

Se um homem dedicar ao Senhor um campo que comprou, mas que não faz parte da propriedade familiar, o sacerdote fará a estimativa do seu valor até ao ano do jubileu, e dará logo esse montante ao Senhor; no ano do jubileu o campo voltará à posse do primeiro proprietário a quem tinha sido comprado. Todas as avaliações serão efetuadas de acordo com os pesos do templo, cujo peso-base, o siclo, equivale a 11,5 gramas.

Não poderão consagrar ao Senhor o primeiro nascido de um boi ou de um cordeiro, porque esse já lhe pertence. Mas se for o primeiro a nascer de um animal impuro, que não pode ser usado nos sacrifícios, porque não está na lista daqueles que o Senhor aceita, então o seu dono pagará a estimativa do sacerdote, acrescido de um quinto; se o dono não o resgatar, o sacerdote poderá vendê-lo. Contudo, nada que tenha sido consagrado ao Senhor, pessoas, animais ou campos herdados, deverá ser vendido ou resgatado, porque são santíssimos para o Senhor.

Ninguém que tenha sido sentenciado à morte pelos tribunais poderá pagar uma multa no lugar da condenação. Terá certamente de morrer.

Os dízimos e produtos da terra, sejam cereais seja fruta, pertencem ao Senhor; é coisa sagrada. Se alguém desejar reaver esses produtos, terá de juntar mais um quinto ao seu valor. Também ao Senhor pertence a décima parte dos animais do vosso gado e dos vossos rebanhos; quer dizer, o décimo dos animais que passam sob a vara, ao serem contados. O que é dado como dízimo ao Senhor não pode ser escolhido na base de ser bom ou ser mau; além disso não haverá substituições; porque se alguma substituição tiver sido feita, ambos, o original e o substituto, pertencerão ao Senhor, e não poderão ser resgatados.”

Estes são os mandamentos que o Senhor deu a Moisés junto ao monte Sinai, para serem comunicados ao povo de Israel.

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