Juízes 1:1-36, Juízes 2:1-5 OL

Juízes 1:1-36

Israel luta contra os restantes cananeus

(Js 15.15-19)

Após a morte de Josué, a nação de Israel consultou o Senhor para receber as suas instruções. “Qual será a tribo que deverá ir primeiro à guerra contra os cananeus?”, perguntaram.

A resposta do Senhor foi: “Judá. E dar-lhe-ei uma grande vitória.”

Os líderes da tribo de Judá, contudo, pediram auxílio à tribo de Simeão: “Venham connosco lutar contra o povo que está ainda na porção de terra que nos coube em sorte, e depois seremos nós a ajudar-vos a conquistar a vossa parte.” E assim o exército de Simeão foi com o de Judá.

Quando Judá subiu para lutar, o Senhor ajudou-os a derrotarem os cananeus e os perizeus, de tal forma que houve 10 000 baixas, da parte do inimigo, em Bezeque. Ali enfrentaram Adoni-Bezeque e, lutando contra ele, venceram os cananeus e perizeus. O rei Adoni-Bezeque conseguiu fugir, mas o exército de Israel capturou-o de seguida, e cortaram-lhe os dedos polegares dos pés e das mãos. “Fiz o mesmo a 70 reis que depois andavam a apanhar migalhas debaixo da minha mesa!”, dizia o rei Adoni-Bezeque. “Agora Deus pagou-me da mesma moeda.” Foi levado para Jerusalém e ali morreu.

Judá tinha conquistado Jerusalém e destruído a sua população, pondo fogo à cidade. Depois o exército de Judá combateu os cananeus na região das colinas, no Negueve e nas planícies costeiras. Posteriormente, retomou a luta contra eles em Hebrom (antigamente chamada Quiriate-Arba), destruindo-lhes as cidades de Sesai, Aimã e Talmai. Por último atacaram a cidade de Debir, antigamente chamada Quiriate-Sefer.

“Quem vai comandar o ataque contra Quiriate-Sefer?”, desafiou Calebe. “Quem a conquistar terá a minha filha Acsa como mulher!” Foi Otniel, filho de Quenaz, irmão mais novo de Caleb, quem tomou a cidade, casando assim com Acsa.

Quando estavam para ir viver juntos para o seu novo lar, ele pediu-lhe insistentemente que pedisse ao pai mais terra. E foi ela própria que, vendo seu pai Calebe, desceu da montada em que ia para lhe falar no assunto. “Que pretendes?”, disse-lhe o pai ao vê-la aproximar-se.

“O que é que se passa?”, perguntou-lhe o pai. “Que pretendes?” “Dá-me outra doação! Porque a terra que já me deste é um deserto. Dá-me também fontes para ter água!” Então deu-lhe as fontes superiores e as das terras mais baixas.

Quando a tribo de Judá foi instalar-se no seu novo território, no deserto do Negueve, a sul de Arade, os descendentes do sogro de Moisés, membros do grupo dos queneus, acompanharam-na. Deixaram as suas casas em Jericó, a cidade das palmeiras, e passaram a viver juntos com a tribo de Judá.

Posteriormente, a tribo de Judá juntou-se à de Simeão, para combater os cananeus na cidade de Zefate, e destruíram a população. Assim, a cidade passou a ser chamada Horma (destruição). O exército de Judá conquistou igualmente as cidades de Gaza, Asquelom e Ecrom, com as localidades da sua jurisdição.

O Senhor ajudou a tribo de Judá a exterminar o povo das colinas, ainda que tivessem falhado na tentativa de conquistar o povo do vale, que tinha carros de ferro. A cidade de Hebrom foi dada a Calebe, conforme as instruções de Moisés. Assim, Calebe lançou fora os seus habitantes, que eram descendentes dos três filhos de Anaque. A tribo de Benjamim não exterminou os jebuseus que viviam em Jerusalém; por isso, ainda lá vivem hoje misturados com os benjamitas.

Quanto à tribo de José, atacaram a cidade de Betel, anteriormente conhecida por Luz, e o Senhor esteve com eles. Primeiro enviaram espias que capturaram um homem que vinha a sair da cidade. Propuseram-lhe poupar a vida dele e da sua família, se desse a conhecer a passagem através da muralha para entrar na cidade. O homem concordou; mostrou-lhes como entrar lá dentro e eles massacraram a população toda, exceto este homem e a sua família. Mais tarde, aquele homem foi para a terra dos hititas e edificou ali uma cidade, à qual chamou também Luz, como é ainda conhecida hoje.

A tribo de Manassés também não expulsou os povos que viviam em Bete-Seã, Taanaque, Dor, Ibleão e Megido, nem tão-pouco nos lugares circunvizinhos; e assim os cananeus continuaram a viver ali. Anos mais tarde, quando os israelitas se tornaram mais fortes, puseram os cananeus a trabalhar como escravos, mas nunca os forçaram a deixar o território.

Aconteceu o mesmo, aliás, com os cananeus que viviam em Gezer; ainda lá estão habitando no meio da tribo de Efraim.

A tribo de Zebulão também não destruiu o povo de Quitrom nem de Naalol, mas fizeram-nos seus escravos.

A tribo de Aser também não expulsou os residentes de Aco, Sídon, Alabe, Aczibe, Helba, Afeca, nem de Reobe; e assim os aseritas vivem ainda entre os cananeus, o povo indígena daquela terra.

O mesmo se deu com a tribo de Naftali que não pôs fora o povo de Bete-Semes nem de Bete-Anate; e essa gente continua a viver com eles como servos.

Quanto à tribo de Dan, os amorreus forçaram-nos a circunscreverem-se à região das colinas e não os deixaram descer para os vales. Quando mais tarde os amorreus tentaram espalhar-se em Har-Heres, Aijalom e Saalabim, a tribo de José dominou-os e fez deles escravos. A fronteira dos amorreus começa na subida de Acrabim, desde Sela para cima.

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Juízes 2:1-5

O anjo do Senhor em Boquim

Certo dia, o anjo do Senhor chegou a Boquim, vindo de Gilgal, e fez este anúncio ao povo de Israel: “Tirei-vos do Egito, trouxe-vos para esta terra que prometi aos vossos antepassados e garanti-vos que nunca quebraria a aliança que fiz convosco na condição de, da vossa parte, não fazerem qualquer espécie de tratado com os povos que vivem aqui; disse-vos que deveriam destruir os altares destas gentes. Porque não obedeceram? Agora, visto que quebraram a aliança feita comigo, esta deixou de ter efeito, e já não prometo destruir as nações que vivem nesta terra; pelo contrário, elas serão como espinhos na carne; os seus deuses tornar-se-ão uma armadilha fatal para vocês.”

O povo começou a lamentar-se e a chorar, quando o anjo do Senhor acabou de falar. Por isso, o nome daquele lugar ficou a chamar-se Boquim (eles choram). Então ofereceram sacrifícios ao Senhor.

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