Deuteronómio 2:24-37, Deuteronómio 3:1-29, Deuteronómio 4:1-14 OL

Deuteronómio 2:24-37

A derrota do rei Siom de Hesbom

(Nm 21.21-30)

Então o Senhor disse: “Atravessem o ribeiro de Arnom e penetrem na terra do amorreu Siom, rei de Hesbom. Conquistem essa terra e declarem-lhe guerra. A partir de agora farei com que os povos de toda a Terra tremam com receio, angustiando-se com a vossa aproximação.”

Então enviei mensageiros desde o deserto de Quedemote ao rei Siom de Hesbom com uma proposta de paz: “Deixa-nos passar pela tua terra. Não nos afastaremos do caminho central, não pisaremos os campos cultivados, nem dum lado nem do outro. Toda a comida de que precisarmos, comprá-la-emos, assim como também a própria água que bebermos. Tudo o que pretendemos é unicamente autorização para atravessar o teu território. Os edomitas de Seir já nos deixaram passar pelo seu país, assim como os moabitas, cuja capital é Ar; o nosso objetivo é chegarmos até ao Jordão, atravessá-lo e entrar na terra que o Senhor, nosso Deus, nos deu.” Mas o rei Siom recusou; aliás, foi o Senhor, o vosso Deus, que permitiu que se tornasse obstinado e fosse destruído às mãos de Israel; foi isso que aconteceu.

Então o Senhor disse-me: “Comecei por dar-te a terra do rei Siom. Quando a conquistarem, pertencerá a Israel.”

O rei Siom fez-nos guerra, mobilizando as suas forças em Jaaz. Mas o Senhor, nosso Deus, esmagou-o, e nós abatemo-lo, juntamente com os seus filhos e todo o seu exército, e conseguimos conquistar-lhe todas as cidades e destruir tudo, incluindo mulheres e crianças. Nada deixámos com vida, à exceção do gado que trouxemos como despojo de guerra, com outras coisas ainda, resultado do saque feito às cidades tomadas. Conquistámos tudo desde Aroer até Gileade; portanto todo o território que tem por limite o vale de Arnom, incluindo as cidades dessa zona. Não houve uma só cidade que tivesse podido resistir-nos; foi o Senhor, nosso Deus, quem nos deu tudo isso. Contudo, não nos intrometemos com o povo de Amon, nem nos aproximámos do ribeiro de Jaboque, nem das povoações das colinas, zonas em que o Senhor, nosso Deus, nos tinha proibido de entrar.

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Deuteronómio 3:1-29

A derrota do rei Ogue de Basã

(Nm 21.33-35)

Depois voltámo-nos contra a terra de Basã do rei Ogue. Este mobilizou imediatamente o seu exército e atacou-nos em Edrei. Mas o Senhor disse-me que não o temesse. “Todo o seu povo e a sua terra serão vossos”, disse-me o Senhor. “Farás com ele o mesmo que fizeste ao rei Siom dos amorreus em Hesbom.”

Assim, o Senhor, nosso Deus, ajudou-nos a lutar contra o rei Ogue e contra o seu povo, e matá-los a todos. Conquistámos as suas sessenta povoações, tendo ocupado inteiramente a região de Argobe de Basã. Eram cidades fortificadas, rodeadas por altas muralhas, e com as entradas vedadas por fortes portões. Apoderámo-nos igualmente das cidades desprotegidas. Destruímos assim o reino de Basã, tal como fizemos com o reino de Siom em Hesbom, liquidando toda a população de homens, mulheres e crianças. Conservámos, no entanto, o gado que repartimos por todos nós.

Possuíamos agora toda a terra dos dois reis amorreus, a nascente do rio Jordão, todo o território desde o vale de Arnom até ao monte Hermon. (Os sidónios chamam ao monte Hermon, Siriom, enquanto os amorreus dão-lhe o nome de Senir.) Tínhamos conquistado todas as cidades do planalto, todo o Gileade e Basã, até às cidades de Salca e de Edrei. O rei Ogue de Basã era o último dos gigantes de Refaim. A sua cama de ferro, que ainda se pode ver em Rabá, uma das cidades dos amonitas, e mede 4,5 metros de comprimento por 2 de largo.

A divisão da terra

(Nm 32.1-42)

Foi por essa altura que dei a terra conquistada às tribos de Rúben e de Gad. Dei-lhes a área que vai de Aroer, na ribeira de Arnom, mais metade do monte Gileade, incluindo as suas povoações. A meia tribo de Manassés recebeu o resto de Gileade e tudo o que tinha constituído o reino de Ogue, a região de Argobe. (Basã é por vezes também chamada a terra dos refaítas.) O agregado de Jair, da tribo de Manassés, conquistou toda a região de Argobe, ou seja, Basã, até às fronteiras dos gesuritas e dos maacatitas; deram a esse território o seu próprio nome, chamando-lhe Havote-Jair (Aldeias de Jair), e é assim que ainda hoje é conhecido. Então dei Gileade ao agregado de Maquir. As tribos de Rúben e de Gad receberam a área que se estende desde o ribeiro de Jaboque, em Gileade, que era a fronteira dos amonitas, até ao meio da depressão onde corre o rio Arnom. Também tiveram a Arabá, limitada a ocidente pelo Jordão, com uma fronteira entre Quinerete e o monte Pisga, até ao mar de Arabá, também chamado mar Salgado.

Por essa ocasião lembrei às tribos de Rúben e de Gad, assim como à meia tribo de Manassés que, apesar do Senhor, seu Deus, lhes ter dado aquela terra, não poderiam estabelecer-se definitivamente antes que os seus guerreiros tivessem levado os seus irmãos das outras tribos a atravessar o Jordão e a ocupar a terra que o Senhor lhes tinha dado. “Contudo, as vossas mulheres e os meninos”, disse-lhes, “poderão ficar a viver aqui nas cidades que o Senhor vos deu, ocupando-se do muito gado que têm, até ao vosso regresso, após o Senhor vos ter dado a vitória, a vocês e às outras tribos. Depois de eles terem conquistado a terra que o Senhor, vosso Deus, lhes deu, do outro lado do rio Jordão, poderão regressar ao vosso próprio território.”

O Senhor proíbe Moisés de atravessar o Jordão

A seguir, disse a Josué: “Viste o que o Senhor, vosso Deus, fez a estes dois reis. Farás o mesmo a todos os reinos do outro lado do Jordão. Não receies aquelas nações, porque o Senhor, vosso Deus, lutará por vocês.”

Nessa altura, fiz um pedido ao Senhor. “Ó Senhor Deus, peço-te que me deixes entrar na terra prometida, essa boa terra que está para além do Jordão, com as suas belas montanhas, assim como o Líbano, onde nos levará toda a grandeza e todo o poder que tens vindo a revelar-nos. Que outro deus pode haver, no céu ou na Terra, capaz de fazer tudo o que fizeste por nós?”

Contudo, o Senhor estava muito zangado comigo, por vossa causa, e não me deixou entrar na terra. “Basta! Não me fales mais nesse assunto”, ordenou-me. “Sobe ao monte Pisga e de lá poderás olhar em todas as direções; verás assim a terra à distância, mas não atravessarás o Jordão. Manda a Josué que te substitua, e encoraja-o, porque será ele quem levará o povo para o lado de lá e quem conquistará a terra que irás ver do cimo da montanha.” Assim ficámos neste vale, perto de Bete-Peor.

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Deuteronómio 4:1-14

Exortação à obediência

E agora, ó Israel, ouve cuidadosamente estes estatutos que te transmito e obedece-lhes, se quiseres viver e tomar posse da terra que o Senhor, Deus dos vossos antepassados, vos dá. Não lhes acrescentem coisa alguma, nem lhes diminuam seja o que for; cumpram-nos, porque vos foram comunicados pelo próprio Senhor, o vosso Deus.

Vocês viram o que o Senhor fez por vocês em Baal-Peor, onde destruiu muita gente por ter prestado culto a ídolos. Contudo, todos aqueles que permaneceram fiéis ao Senhor, vosso Deus, estão vivos ainda hoje.

São pois estes os mandamentos que devem cumprir quando chegarem à terra onde passarão a viver. Foram dados diretamente pelo Senhor, meu Deus, a mim primeiro, para que os passasse depois a vocês. Se lhes obedecerem, comunicar-vos-ão sabedoria e inteligência. E quando as nações da vizinhança ouvirem falar desses mandamentos, exclamarão: “Não há nação tão sábia e sensata como Israel!” Que outro povo haverá, grande ou pequeno, que tenha Deus a viver no seu meio, como acontece com o Senhor, nosso Deus, que está sempre entre nós, pronto para quando o chamamos? E que nação há, seja de que grandeza for, que tenha leis tão justas como estas que vos dou hoje?

Tenham muito cuidado! Nunca se esqueçam daquilo que viram Deus fazer por vocês. Que os seus milagres possam ter um efeito profundo e permanente sobre as vossas vidas. Contem aos vossos filhos e netos as maravilhas que ele executou. Digam-lhes em especial o que aconteceu no dia em que estiveram perante o Senhor, vosso Deus, no monte Horebe, e em que ele me disse: “Convoca todo o povo para que venha à minha presença e instruí-los-ei para que aprendam a reverenciar-me e ensinem aos seus descendentes as minhas leis.” Vocês ali estiveram na base da montanha e esta ardia em fogo; subiam chamas até ao céu, rodeadas por nuvens negras e espessa escuridão. O Senhor falou-vos desde aquele fogo; ouviram-lhe as palavras, mas não o viram. Foi ali que proclamou a sua aliança, a que deverão obedecer, os dez mandamentos, e escreveu-as em duas placas de pedra. Sim, foi nessa altura que o Senhor me mandou decretar-vos as leis a que devem obedecer quando chegarem à terra prometida.

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