2 Samuel 9:1-13, 2 Samuel 10:1-19 OL

2 Samuel 9:1-13

David e Mefibosete

Um dia, David começou a inquirir se haveria ainda alguém da família de Saul com vida, pois queria fazer-lhe bem, tal como prometera ao príncipe Jónatas. Falaram-lhe então num tal Ziba que fora um dos servos de Saul. O rei mandou-o chamar: “Chamas-te Ziba?” Respondeu: “Sim, senhor, sou eu próprio.”

“Conheces alguém que tenha ficado da família de Saul? Porque quero cumprir a minha promessa de demonstrar bondade de Deus a essa pessoa.” Ziba respondeu: “Há um filho de Jónatas, que vive ainda, e que é coxo.”

“Onde mora ele?”, perguntou o rei. E disse-lhe: “Em Lo-Debar na casa de Maquir, filho de Amiel.”

David mandou buscar esse filho de Jónatas e neto de Saul que se chamava Mefibosete. Quando este se aproximou do soberano, saudou-o inclinando-se perante ele em sinal de profunda submissão.

Mas David disse-lhe: “Não tenhas receio! Mandei vir-te para que possa fazer-te bem, de acordo com a promessa que fiz ao teu pai Jónatas. Devolver-te-ei todas as terras do teu avô Saul e viverás aqui no meu palácio!”

Mefibosete prostrou-se até ao chão e disse: “Será possível que o rei se mostre assim tão bom com alguém que não passa de um cão morto como eu?”

David mandou chamar Ziba, o servo de Saul, e disse-lhe. “Dei ao neto do teu senhor tudo o que pertencia a Saul e à sua família. Tu, teus filhos e servos deverão trabalhar nas suas terras, para que a sua família tenha o que comer. Quanto a ele próprio, viverá aqui comigo.”

Ziba, que tinha quinze filhos e vinte servos, replicou: “Senhor, farei tudo o que mandaste.” Daí em diante Mefibosete passou a comer regularmente com o rei David, como se fosse um dos seus próprios filhos.

Mefibosete tinha um filho pequeno chamado Mica. Toda a família de Ziba ficou a trabalhar ao serviço de Mefibosete. Mas Mefibosete, que era coxo dos dois pés, veio para Jerusalém para viver no palácio do rei.

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2 Samuel 10:1-19

David derrota os amonitas

(1 Cr 19.1-19)

Algum tempo depois, o rei amonita morreu e o seu filho Hanum ascendeu ao trono em seu lugar. David declarou: “Vou mostrar bondade para com Hanum, filho de Naás, por causa da amizade que o seu pai revelou para comigo.” David enviou embaixadores para expressarem as suas condolências a Hanum pelo falecimento do pai. Quando os embaixadores de David chegaram, os conselheiros de Hanum falaram desta forma ao rei amonita: “Esta gente não veio honrar a memória do teu pai. David mandou-os para espiarem a cidade antes de a atacar!” Então Hanum mandou rapar metade da barba dos embaixadores e cortar-lhes a roupa que traziam, até à altura das ancas. Depois mandou-os embora.

Quando David teve conhecimento do que acontecera, disse-lhes que ficassem em Jericó até lhes crescer novamente a barba, pois aqueles homens estavam envergonhados por causa do aspeto que tinham.

Nessa altura, o povo de Amon deu-se conta de como tinha suscitado seriamente a ira de David. Em consequência, contrataram 20 000 mercenários arameus, de Bete-Reobe e de Zobá, outros 1000 ao rei de Maacá e 12 000 da terra de Tobe.

Quando contaram isto a David, este enviou Joabe e todo o exército israelita para os atacar. O exército dos amonitas saiu-lhes ao encontro e começou o combate às portas da cidade de Medeba, enquanto os arameus de Zobá, Reobe, Tobe e Maacá lutavam no campo.

Joabe, vendo que tinha de lutar em duas frentes, pôs de parte os melhores combatentes das suas tropas e, sob o seu próprio comando, levou-os a confrontarem-se com os arameus na planície. Outro grupo, sob o comando do seu irmão Abisai, dirigiu-se contra os amonitas. “Se os arameus forem mais fortes do que eu, vem ajudar-me”, disse Joabe ao irmão. “Se os amonitas prevalecerem sobre ti, vou eu ajudar-te.” “Coragem e atuemos como homens que defendem o povo e as cidades do nosso Deus. Que o Senhor faça o que for melhor!”

Seguidamente, quando Joabe e as suas tropas atacaram, os arameus começaram a fugir. Por sua vez, os amonitas ao verem o que estava a acontecer também se puseram a fugir para dentro da cidade. Então Joabe deu por terminada a campanha contra os amonitas e regressou a Jerusalém.

Os arameus perceberam que não eram suficientes para fazer frente ao exército de Israel, por isso, ao reagruparem-se, engrossaram os seus efetivos com um contingente adicional. Hadadezer enviou mensageiros para reunir os arameus que viviam do outro lado do rio Eufrates. Estas tropas chegaram a Helã sob as ordens de Sobaque, comandante das forças militares de Hadadezer.

Ao saber dos acontecimentos, David mobilizou todo o Israel, atravessou o rio Jordão e foi para Helã, onde os arameus tinham atacado. Os arameus fugiram de novo dos israelitas, mas desta vez deixaram mortos no campo de batalha 700 condutores de carros de combate e ainda 40 000 cavaleiros, incluindo o general Sobaque. Os aliados de Hadadezer, constatando que os arameus tinham sido derrotados, renderam-se a Israel e tornaram-se seus servos.

A partir de então, os arameus tiveram medo de ajudar os amonitas.

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