2 Reis 24:8-20, 2 Reis 25:1-30 OL

2 Reis 24:8-20

Jeconias rei de Judá

(2 Cr 36.9-10)

O novo rei de Judá foi Jeconias. Tinha 18 anos quando começou a reinar e reinou 3 meses em Jerusalém. A sua mãe chamava-se Neusta e era filha de Elnatã, de Jerusalém. Foi um mau reinado aos olhos do Senhor, tal como o do seu pai.

Durante o seu reinado, os exércitos do rei da Babilónia cercaram a cidade de Jerusalém. O próprio Nabucodonozor chegou a Jerusalém durante o cerco. O rei Jeconias, com todo o seu estado maior e os responsáveis pela administração do reino e a rainha mãe tiveram de render-se.

Jeconias foi feito prisioneiro e enviado para a Babilónia, durante o oitavo ano do reinado de Nabucodonozor. Os babilónios levaram todos os tesouros do templo e do palácio real. Quebraram os vasos de ouro que o rei Salomão de Israel tinha colocado no templo por indicação do Senhor. O rei Nabucodonozor levou 10 000 cativos de Jerusalém, incluindo as altas individualidades, guerreiros de elite, comerciantes e artesãos. Apenas os mais pobres de entre o povo e os que não tinham profissão foram deixados na sua terra.

Nabucodonozor levou assim o rei Jeconias, as suas mulheres, os chefes da administração pública e a rainha mãe para a Babilónia. Também transferiu 7000 dos melhores soldados do exército e 1000 carpinteiros e ferreiros, todos gente capaz e forte para a guerra. O rei da Babilónia nomeou como rei o tio de Jeconias, chamado Matanias, mudando o seu nome para Zedequias.

Zedequias rei de Judá

(2 Cr 36.11-14; Jr 52.1-3)

Zedequias tinha 21 anos quando se tornou rei e reinou 11 anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias de Libna. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme os atos anteriormente praticados por Joaquim. As coisas tornaram-se muito más em Jerusalém e em Judá, por causa da ira do Senhor, e ele os baniu da sua presença.

A queda de Jerusalém

(2 Cr 36.15-20; Jr 39.1-10; 52.4-27)

Zedequias revoltou-se contra o rei da Babilónia.

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2 Reis 25:1-30

O rei Nabucodonozor da Babilónia mobilizou todo o seu exército e pôs cerco a Jerusalém, chegando ali no dia 10 do décimo mês25.1 Mês de Tebet. Entre a lua nova do mês de dezembro e o mês de janeiro., do nono ano do reinado de Zedequias, rei de Judá. O cerco manteve-se até ao décimo primeiro ano do seu reinado.

No dia 9 do quarto mês25.3 Mês de Tamuz. Entre a lua nova do mês de junho e o mês de julho., tinham-se esgotado completamente os mantimentos e a fome apertava a cidade. Nessa noite, o rei e os seus cabos de guerra fizeram um buraco na muralha da cidade e conseguiram escapar-se em direção à campina de Arabá, através da porta que ficava entre a dupla muralha, perto do jardim do rei. As tropas dos caldeus que rodeavam a cidade puseram-se em perseguição e capturaram-no nas campinas de Jericó. No entanto, todos os seus homens conseguiram escapar. O rei foi feito prisioneiro em Ribla, onde o interrogaram e sentenciaram perante o rei da Babilónia. Os filhos de Zedequias foram mortos na sua presença; depois arrancou-lhe os olhos e mandou-o amarrado com cadeias para a Babilónia.

Nebuzaradão, comandante da guarda, chegou a Jerusalém, vindo da Babilónia, no sétimo dia do quinto mês25.8 Mês de Abe. Entre a lua nova do mês de julho e o mês de agosto., do décimo nono ano do reinado de Nabucodonozor. Pôs fogo ao templo e ao palácio real, e a todas as casas de maior importância, e mandou os soldados deitar abaixo as muralhas da cidade. A população da cidade e os judeus desertores, que tinham declarado a sua fidelidade ao rei da Babilónia, foram levados para a Babilónia. Mas o comandante da guarda deixou alguns outros, dos mais miseráveis do povo, para colherem os frutos dos campos, e como vinhateiros e lavradores.

Os caldeus derrubaram os dois grandes pilares de bronze, que estavam à entrada do templo do Senhor, assim como as suas bases, mais o mar de bronze, e carregaram todo esse bronze para a Babilónia. Levaram igualmente todos os recipientes, pás, perfumadores e bacias, e outros utensílios de bronze usados no serviço do templo. Foram também retirados de lá os incensários e também as bacias de ouro e de prata com tudo o que havia em ouro puro e prata maciça.

Era impossível fazer uma estimativa do peso dos dois enormes pilares e do mar, com a suas bases, tudo feito para o templo pelo rei Salomão, pois eram extremamente pesados. Cada um dos pilares media 9 metros de altura, com uma intrincada rede em bronze, de romãs decorativas, nos capitéis de metro e meio no alto dos pilares.

O comandante da guarda levou Seraías, o sumo sacerdote, o seu assistente Sofonias e os três guardas do templo cativos. Um comandante do exército de Judá, o chefe dos serviços de recrutamento do exército, cinco dos conselheiros do rei e sessenta fazendeiros, todos eles descobertos ainda na cidade, foram levados pelo comandante da guarda, Nebuzaradão, ao rei da Babilónia, em Ribla. Ali foram executados à espada, na terra de Hamate.

Assim, Judá foi exilado da sua terra.

Gedalias é assassinado

(Jr 40.7-9; 41.1-3)

O rei Nabucodonozor nomeou Gedalias, filho de Aicão e neto de Safã, como governador da terra e sobre o povo que ali foi permitido ficar. Quando as forças militares israelitas souberam que o rei da Babilónia tinha nomeado Gedalias como governador, alguns chefes que viviam no anonimato, mais os seus homens, juntaram-se a ele em Mizpá. Neste número encontram-se Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho de Tanumete, o netofatita, e Jazanias, filho de maacatita, com os seus homens.

Gedalias assegurou-lhes que seria mais seguro submeterem-se aos caldeus. “Fiquem aqui, sirvam o rei da Babilónia e tudo o resto vos correrá bem.” Mas no sétimo mês daquele ano, Ismael, filho de Netanias e neto de Elisama, que era membro da família real, foi a Mizpá com dez homens e matou Gedalias e os seus conselheiros, tanto os que eram judeus como os que tinham nacionalidade caldeia. Então todos os homens de Judá e os oficiais do exército fugiram em pânico para o Egito, porque estavam com receio das represálias que o rei da Babilónia viesse a exercer sobre eles.

Jeconias é libertado

(Jr 52.31-34)

No trigésimo sétimo ano, após a prisão na Babilónia de Jeconias, rei de Judá, Evil-Merodaque, que se tornou rei da Babilónia nesse ano, mostrou-se generoso para com o rei Jeconias e tirou-o da prisão no dia 27 do décimo segundo mês. Falou-lhe gentilmente e deu-lhe até preferência em relação a todos os outros reis que estavam na Babilónia. Foi ainda dada a Jeconias a possibilidade de trocar a sua roupa de prisioneiro, dando-lhe roupa nobre, e assim assentou-se à mesa do rei. E isso todo o resto do tempo da sua vida. O rei também lhe concedeu uma pensão diária, para que pudesse atender às necessidades quotidianas, o resto da sua vida.

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