2 Reis 12:1-21, 2 Reis 13:1-25, 2 Reis 14:1-22 OL

2 Reis 12:1-21

Sete anos depois de Jeú se ter tornado rei de Israel, Joás tornou-se rei de Judá. Reinou em Jerusalém 40 anos. A sua mãe era Zibia de Berseba. Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor ao longo de todos os anos em que o sumo sacerdote Jeoiada o instruiu. Mesmo assim, não destruiu os santuários pagãos que foram levantados nas colinas; o povo continuou ainda a sacrificar e a queimar ali incenso.

Joás repara o templo

(2 Cr 24.4-14)

Um dia, o rei Joás disse aos sacerdotes: “O edifício do templo precisa de grandes reparações. Quando alguém trouxer uma dádiva ao Senhor, seja uma contribuição regular ou uma oferta especial, utilizem-na para pagar as obras de restauração que forem necessárias.”

No entanto, ainda no vigésimo terceiro ano do seu reinado, o templo mantinha-se no mesmo estado. Por isso, Joás mandou chamar Jeoiada e os outros sacerdotes e perguntou-lhes: “Por que razão ainda nada fizeram para restaurar o templo? Não utilizem mais dinheiro nenhum para cobrir as vossas necessidades pessoais. Daqui em diante, tudo o que for recebido deverá ser empregado com o fim de restaurar o templo.” Os sacerdotes concordaram estabelecer um fundo especial para a reparação do edifício e não receber mais donativos que revertessem para si próprios.

Jeoiada, o sacerdote, preparou uma grande arca com uma abertura na tampa e colocou-a ao lado do altar, à direita de quem entrava no templo. Os sacerdotes com a função de porteiros colocavam aí todas as contribuições do povo. Sempre que a arca ficava cheia, o tesoureiro real e o sacerdote contavam o dinheiro e punham-no em sacos. Davam-no depois ao mestre-de-obras para pagar aos carpinteiros, aos pedreiros, aos marceneiros, aos canteiros, e também para comprar os materiais necessários às obras da casa do Senhor.

Nenhum desse dinheiro era usado para adquirir fosse o que fosse em matéria de instrumentos ou recipientes em prata ou ouro, fossem garfos, bacias ou taças. Todo ele ia exclusivamente para os trabalhos de restauração. Também não eram exigidas contas aos encarregados da obra, porque atuavam com fidelidade. Apenas o dinheiro proveniente de contribuições por ofertas de culpa e sacrifícios pelo pecado era dado aos sacerdotes para o seu uso pessoal; esse não era colocado na arca das ofertas.

Por essa altura, o rei Hazael de Aram entrou em guerra com Gate e conquistou-a. Depois virou-se contra Jerusalém para atacar. O rei Joás pegou em todos os objetos sagrados que os seus antepassados (Jeosafá, Jeorão e Acazias, reis de Judá) tinham consagrado, e no que ele próprio dera, assim como no ouro que se achou nos tesouros do templo e do palácio, e enviou tudo a Hazael. Desta forma, este último desistiu do ataque.

Fim do reinado de Joás

(2 Cr 24.25-27)

O resto da história do reinado de Joás está narrado no Livro das Crónicas dos Reis de Judá. Os seus conselheiros conspiraram contra ele e assassinaram-no na sua residência real em Bete-Milo, no caminho para Sila. Os assassinos foram Jozabade, filho de Simeate, e Jeozabade, filho de Somer, ambos seus auxiliares de confiança. Foi sepultado no cemitério real em Jerusalém. O seu filho Amazias reinou em seu lugar.

Read More of 2 Reis 12

2 Reis 13:1-25

Jeoacaz rei de Israel

Jeoacaz, o filho de Jeú, começou um reinado sobre Israel, que duraria 17 anos, durante o vigésimo terceiro ano do reinado de Joás, rei de Judá. Foi um rei que fez o que era mau aos olhos do Senhor, e seguiu os maus caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que levara Israel a pecar. Dessa forma, a ira do Senhor acendeu-se contra Israel e permitiu que Hazael, rei de Aram, assim como o seu filho Ben-Hadade, conquistassem terras.

Jeoacaz pediu ao Senhor que o ajudasse e o Senhor ouviu-o, porque o rei de Aram estava a oprimir fortemente a Israel. Por isso, o Senhor suscitou um salvador para libertar a nação da tirania dos arameus. Até que finalmente o povo pôde viver novamente em segurança, como antigamente. No entanto, continuaram a pecar e a seguir os maus caminhos de Jeroboão, adorando a deusa Achera em Samaria.

Jeoacaz acabou por ficar reduzido a uma força militar composta apenas por 50 tropas montadas, 10 carros de combate e 10 000 soldados de infantaria. É que o rei de Aram tinha destruído o exército, reduzindo-o a nada.

O resto da história de Jeoacaz está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. Jeoacaz faleceu e foi sepultado em Samaria. Sucedeu-lhe no trono o seu filho Jeoás.

Jeoás, rei de Israel

O seu filho Jeoás reinou em Samaria durante 16 anos. Subiu ao trono no trigésimo sétimo ano do reinado de Joás, rei de Judá. Contudo, foi também um mau rei. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, e seguiu os maus caminhos de Jeroboão que levara Israel a pecar.

O resto da história do reinado de Jeoás, incluindo as guerras que travou contra o rei Amazias de Judá, está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. Jeoás morreu e foi enterrado em Samaria com os outros reis de Israel. Jeroboão II tornou-se o novo rei.

A morte de Eliseu

Quando Eliseu adoeceu, com a enfermidade de que morreu, o rei Jeoás veio visitá-lo e chorou na sua presença: “Meu pai! Meu pai! Carro de Israel e seus condutores!”, lamentava-se.

“Pega num arco e em flechas”, disse-lhe Eliseu. “Agora abre a janela do lado do oriente e prepara-te para atirar.” O outro ia obedecendo. Eliseu pôs as mãos sobre as do rei. “Atira!”, mandou Eliseu. E ele disparou a flecha. “Essa é a flecha do Senhor que representa a plena vitória sobre Aram, porque vencerás completamente os arameus em Afeque.”

“Agora”, continou o profeta, “pega nas outras setas e bate com elas no chão.” O rei pegou nelas e bateu com elas três vezes no chão. Eliseu ficou zangado: “Devias ter batido no chão cinco ou seis vezes”, disse-lhe. “Poderias vir a derrotar os arameus até ficarem completamente destruídos; sendo assim, serás vitorioso apenas três vezes.”

Eliseu faleceu e foi sepultado.

Nesses dias, bandos de moabitas invadiam a terra na primavera. Uma vez, uns quantos homens que estavam a fazer o enterro de um amigo depararam-se com um desses bandos de marginais e lançaram apressadamente o corpo para dentro do túmulo de Eliseu. Logo que tocou nos ossos de Eliseu, o morto reviveu e pôs-se em pé!

O rei Hazael tinha oprimido a Israel durante todo o reinado de Jeoacaz. Mas o Senhor teve compaixão do povo israelita e, por isso, este não foi completamente destruído. Deus não só teve misericórdia deles, como foi fiel à aliança que fez com Abraão, Isaque e Jacob. Essa é a razão por que ainda se mantêm vivos.

Hazael, o rei de Aram, morreu. O seu filho Ben-Hadade reinou em seu lugar. O rei Jeoás de Israel, filho de Jeoacaz, saiu vitorioso sobre ele em três ocasiões, reconquistando as cidades que o seu pai perdera a favor de Ben-Hadade.

Read More of 2 Reis 13

2 Reis 14:1-22

Amazias, rei de Judá

(2 Cr 25.1-4, 11-24)

Durante o segundo ano do reinado de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, o rei Amazias começou a reinar sobre Judá. Tinha 25 anos quando se tornou rei. Reinou durante 29 anos em Jerusalém. O nome da sua mãe era Jeoadã, natural de Jerusalém. Fez o que era reto aos olhos do Senhor, não como o seu antepassado David, mas foi tão bom rei como o seu pai, Joás. Contudo, não destruiu os santuários pagãos sobre as colinas e o povo continuou a sacrificar e a oferecer ali incenso.

Logo que alcançou estabilidade como rei, mandou matar os homens que tinham assassinado o seu pai. No entanto, poupou os seus filhos, porque quis respeitar a ordem que o Senhor tinha dado, na Lei de Moisés, que os pais não poderão ser mortos por causa dos pecados dos filhos, nem os filhos pelos dos pais. Cada pessoa morrerá pelos seus próprios crimes.

Certa ocasião, Amazias matou 10 000 edomitas no vale do Sal. Também conquistou Sela e mudou-lhe o nome para Jocteel, assim sendo conhecida até ao dia de hoje.

Um dia, Amazias enviou uma mensagem ao rei Jeoás de Israel, filho de Jeoacaz e neto de Jeú, desafiando-o a mobilizar o exército e a vir combater contra ele.

O rei Jeoás enviou, no entanto, a Amazias a seguinte mensagem: “No Líbano um cardo mandou dizer a um cedro: ‘Dá a tua filha em casamento ao meu filho.’ Nessa altura, passou um animal selvagem que pisou o cardo e o esmagou! Tu destruíste Edom e estás muito orgulhoso disso; contudo, dou-te um conselho: fica contente com a vitória que obtiveste e deixa-te ficar onde estás. Porque haverias de provocar um desastre não só para ti como para Judá?”

Amazias não lhe deu ouvidos. Por isso, Jeoás, rei de Israel, mandou preparar o seu exército. A batalha começou em Bete-Semes, uma das povoações de Judá. Judá foi derrotado e o seu exército teve de fugir, cada um para sua casa. O rei Jeoás de Israel capturou o rei Amazias em Bete-Semes, e avançou sobre Jerusalém. Ordenou que fossem derrubados 200 metros da muralha da cidade, desde a porta de Efraim até à porta do Canto. Depois tomou consigo todo o ouro, a prata e todos os objetos de valor que havia na casa do Senhor, assim como os tesouros do palácio; levou também reféns e regressou a Samaria.

O resto dos acontecimentos referentes ao reinado de Jeoás e à sua guerra contra o rei Amazias está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. Quando Jeoás morreu, foi sepultado em Samaria, junto dos outros reis de Israel. O seu filho Jeroboão reinou em seu lugar.

O fim do reinado de Amazias

(2 Cr 25.25–26.2)

O rei Amazias viveu ainda mais 15 anos depois de Jeoás, o rei de Israel, ter morrido. O resto dos acontecimentos da vida de Amazias está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Judá.

Conspiraram contra ele em Jerusalém e fugiu para Laquis; perseguiram-no até Laquis e ali o mataram. Levaram o seu corpo para Jerusalém, escoltado por um pelotão de cavalaria. Foi enterrado no cemitério real, junto dos seus antepassados, na Cidade de David.

O seu filho Azarias14.21 Azarias é chamado Uzias em 15.13, 30, 32, 34, em 2 Crónicas, nos livros dos profetas e em Mateus. ascendeu ao trono; tinha 16 anos de idade. Depois da morte de seu pai, edificou a povoação de Elate e entregou-a a Judá.

Read More of 2 Reis 14