2 Crónicas 5:2-14, 2 Crónicas 6:1-42, 2 Crónicas 7:1-10 OL

2 Crónicas 5:2-14

A arca é levada para o templo

(1 Rs 8.1-13)

Então Salomão convocou para Jerusalém os anciãos de Israel, os cabeças de tribos e de clãs, a fim de fazerem subir a arca da aliança do Senhor da Cidade de David, que é Sião. Esta celebração ocorreu por ocasião da festa dos tabernáculos, no mês de Etanim, que é o sétimo mês5.3 Equivale, no nosso calendário, entre a lua nova do mês de setembro e o mês de outubro..

Sob o olhar dos anciãos de Israel, os levitas ergueram a arca. Os sacerdotes levitas transportaram a arca juntamente com a tenda do encontro, assim como os recipientes sagrados que tinham estado nela. O rei Salomão e todo o povo juntaram-se em frente da arca e ofereceram um número incontável de cordeiros e bois.

Os sacerdotes pegaram na arca da aliança do Senhor e levaram-na para o interior do templo, para o lugar santíssimo, colocando-a sob as asas dos querubins. Estes tinham sido construídos de forma que as asas se abriam sobre o lugar em que a arca se encontrava; assim, as asas faziam sombra sobre a arca e sobre as varas para a transportar. Estas eram tão compridas que ultrapassavam os querubins e podiam ser vistas diante da arca, embora não se vissem do pátio exterior; ali ficaram até ao dia de hoje. Na arca estavam somente as duas placas de pedra que Moisés ali colocara, no monte Horebe, quando o Senhor fez uma aliança com o povo de Israel, no tempo em que deixara o Egito.

Depois de terem executado as cerimónias da sua própria purificação, todos os sacerdotes participaram das cerimónias, sem se preocuparem com as funções de cada um. Os levitas davam louvores ao Senhor, quando os sacerdotes saíam do lugar santíssimo. Como cantores havia Asafe, Hemã, Jedutun e todos os seus filhos e irmãos, vestidos com tecidos de linho fino; mantinham-se no lado oriental do altar. Este coro era acompanhado por 120 sacerdotes que tocavam cornetas. Outros tocavam címbalos, liras e harpas. Tanto a banda como o coro louvavam harmoniosamente e agradeciam ao Senhor. Os cantores eram acompanhados e intercalados com partes musicais, pelos instrumentos, e cantavam:

“O Senhor é bom!

A sua bondade é eterna!”

Nessa altura, a glória do Senhor, vindo como uma nuvem luminosa, encheu o templo. Os sacerdotes não puderam cumprir o seu serviço, porque a glória do Senhor enchia o santuário.

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2 Crónicas 6:1-42

Discurso de Salomão na consagração do templo

(1 Rs 8.14-21)

Salomão dirigiu a Deus, nessa ocasião, a seguinte oração:

“O Senhor disse que habitaria na densa escuridão; mas eu fiz um templo, ó Senhor, para aí manteres, para sempre, a tua presença!”

O rei virou-se seguidamente para o povo, que se levantou para receber a sua bênção:

“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, o Deus que falou pessoalmente ao meu pai, David, e cumpriu as promessas que lhe fez. Disse-lhe, com efeito: ‘Nunca antes, desde que tirei o meu povo do Egito, tinha escolhido um local em Israel para aí construir o meu templo, um lugar onde o meu nome fosse glorificado; também nunca antes escolhera um rei para o meu povo Israel. No entanto, agora escolhi Jerusalém para ali estabelecer o meu templo e David como rei.’

Ele quis construir um templo para o nome do Senhor, o Deus de Israel. Contudo, o Senhor disse-lhe: ‘Tiveste a feliz ideia de me construir um templo, para a habitação do meu nome. Mas não serás tu a construí-lo; será o filho que te há de nascer quem edificará um templo ao meu nome!’

O Senhor fez como prometera; eu tornei-me rei, sucedendo a meu pai, e construí este templo, tal como o Senhor disse, para o nome do Senhor, o Deus de Israel. Coloquei nele a arca que contém o documento da aliança que o Senhor fez com o seu povo de Israel.”

A oração de dedicação

(1 Rs 8.22-53)

Seguidamente, sempre na presença de todo o povo, Salomão pôs-se diante do altar do Senhor com as mãos estendidas para os céus. Salomão tinha feito uma plataforma de bronze, quadrada, com 2,5 metros de lado e 1,5 metros de altura. Depois, sob o olhar de todo o povo, ajoelhou-se e, com as mãos estendidas para os céus, formulou esta oração:

“Ó Senhor, Deus de Israel, não há outro Deus como tu no céu ou na Terra! Tu és misericordioso e bom, e guardas a aliança e o teu amor para com todos os que te obedecem de coração e estão desejosos de fazer a tua vontade. Cumpriste as promessas que fizeste ao teu servo David, meu pai, como hoje se vê.

E agora, ó Senhor, Deus de Israel, cumpre igualmente o resto da promessa que lhe fizeste, que sempre haveria um herdeiro no trono de Israel, se os seus descendentes obedecessem à tua Lei, como ele fez. Sim, ó Senhor, Deus de Israel, cumpre esta promessa feita ao teu servo David.

Será realmente possível que Deus viva na Terra com os homens? Os céus dos céus não podem conter-te! Como seria isso possível neste templo que acabo de construir? Ainda assim, ó Senhor, meu Deus, ouve e responde ao meu pedido. Peço-te que de noite e de dia veles sobre este templo, este lugar onde disseste que haverias de pôr o teu nome. Ouve e responde às orações que eu te fizer, quando me voltar para este lugar. Ouve qualquer súplica que o povo de Israel te dirigir, sempre que se virar para este lugar para orar. Sim, ouve desde os céus onde vives e, quando ouvires, perdoa.

Se alguém for acusado de pecar contra alguém e se puser aqui diante do teu altar jurando que não o fez, ouve desde os céus e exerce a tua justiça; condena o culpado, fazendo recair sobre ele o castigo pelo mal que praticou, e faz justiça ao inocente, recompensando-o devidamente.

Se o teu povo for derrotado pelos teus inimigos, por ter pecado contra ti, mas depois se arrepender e confessar que és o seu Deus, orando a ti neste templo, ouve-o do céu, perdoa-lhe o seu pecado e trá-lo de novo a esta terra que deste aos seus antepassados.

Quando os céus se fecharem e não houver mais chuva, por causa dos nossos pecados, se orarmos neste lugar, confessando que és o nosso Deus, e nos arrependermos dos nossos pecados, depois de nos teres castigado, então ouve do céu e perdoa os pecados do teu povo; ensina-lhe o que é reto e manda chuva sobre esta terra que deste ao teu povo como herança.

Se houver fome provocada por doenças nas plantas, por pragas de insetos ou outros bichos nocivos, se os inimigos de Israel atacarem as suas cidades, se o povo for ferido por alguma praga ou epidemia, ou por outra coisa qualquer, ouve a oração e a súplica de cada um ou do teu povo de Israel que, arrependido, levanta as mãos em oração voltado para esta casa. Ouve desde o céu, onde vives, e perdoa; trata cada um conforme as suas ações, pois conheces o coração de todos os homens. Desta maneira, aprenderão a temer-te sempre e a andarem nos teus caminhos, enquanto viverem nesta terra que deste aos seus antepassados.

Quando estrangeiros ouvirem falar do teu grande nome e do teu forte braço, e vierem de terras distantes para prestar culto ao teu grande nome, se orarem voltados para este templo, escuta-os, desde o céu onde estás, e responde ao que pedirem. Então todos os povos da Terra se darão conta da grandeza do nosso Deus e o adorarão, como faz o povo de Israel; também eles saberão que este templo que mandei construir é o teu templo.

Se o teu povo sair, para onde quer que tu os envies à guerra, para combater os seus inimigos e orar a ti voltando-se para esta cidade que tu escolheste e para este templo que edifiquei ao teu nome, ouve as suas orações desde o céu e dá-lhe a vitória.

Se pecarem contra ti, e não há ser humano que não peque, e te indignares contra eles, se permitires que os seus inimigos os derrotem e os levem cativos para países estrangeiros, longe ou perto, e se nessa terra de exílio se converterem a ti e se virarem para esta terra que deste aos seus antepassados, para esta cidade de Jerusalém e para este teu templo que mandei construir e disserem: ‘Pecámos, procedemos perversamente e praticámos o mal’, e se ali orarem e te rogarem perdão com toda a sua alma, voltados para a terra que deste aos seus antepassados, para a cidade que escolheste e a casa que edifiquei ao teu nome, então perdoa-lhes, responde-lhes do céu, onde vives, e socorre-os, perdoando o teu povo que pecou contra ti.

Sim, ó meu Deus, pedimos-te que estejas sempre atento e pronto a responder a todas as orações que te forem feitas neste lugar.

Levanta-te, Senhor Deus, e entra no teu templo, lugar do teu repouso,

juntamente com a arca que é a expressão do teu poder.

Os sacerdotes hão de vestir-se de salvação

e todo o teu povo se encherá de alegria.

Senhor Deus, não me abandones!

Que o teu rosto se não volte contra mim, o teu ungido!

Lembra-te do amor que revelaste para com David, teu servo,

e das tuas misericórdias.”

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2 Crónicas 7:1-10

A consagração do templo

(1 Rs 8.62-66)

Quando Salomão acabou de orar, desceu fogo do céu e consumiu os holocaustos. A glória do Senhor encheu o templo. Foi de tal forma que os sacerdotes nem podiam sequer lá entrar! Todo aquele povo que ali estava prostrou-se com o rosto em terra, adorou e louvou o Senhor, quando viu aquilo:

“O Senhor é bom!

A sua bondade é eterna!”

Então o rei e todo o povo consagraram o templo, oferecendo sacrifícios de paz ao Senhor. A contribuição de Salomão para esse fim foi de 22 000 bois e de 120 000 ovelhas. Os sacerdotes encontravam-se nos lugares que lhes eram atribuídos, segundo as suas funções; os levitas acompanhavam com instrumentos os cânticos de louvor ao Senhor, “porque a sua bondade é eterna.” Os instrumentos que usavam eram os que David fizera, ele próprio, e usara para o culto do Senhor. Chegando a altura em que os sacerdotes tocaram as trombetas, todo o povo se ergueu e ficou de pé.

Salomão consagrou o pátio interior do templo, para uso naquele dia, como local de sacrifício para os holocaustos das ofertas de cereais e da porção de gordura das ofertas de paz, porque estes eram tantos que se tornava incomportável sacrificar no altar de bronze.

Nos sete dias seguintes, Salomão celebrou com todo o Israel, a festa dos tabernáculos e reuniu-se ali uma grande multidão que chegava de toda a parte de Israel. Vinham desde Hamate, numa das extremidades do país, até ao ribeiro do Egito, no lado oposto. No final, no oitavo dia, realizaram uma assembleia, pois tinham celebrado a dedicação do altar em sete dias e o festival em sete dias suplementares. Depois, no dia 23 do sétimo mês7.10 Mês de Tisri ou Etanim. Entre a lua nova do mês de setembro e o mês de outubro., o povo foi mandado para casa, no meio de grandes manifestações de alegria e muito contentamento interior, porque o Senhor tinha sido tão bom para David e Salomão e para o seu povo de Israel.

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