2 Crónicas 21:1-20, 2 Crónicas 22:1-12, 2 Crónicas 23:1-21 OL

2 Crónicas 21:1-20

Jeorão rei de Judá

(2 Rs 8.16-24)

Quando Jeosafá morreu, foi enterrado junto dos seus antepassados, na Cidade de David. O seu filho Jeorão ocupou o trono em seu lugar. Os seus irmãos, os outros filhos de Jeosafá, eram: Azarias, Jeiel, Zacarias, Asarias, Micael e Sefatias. O pai tinha dado a cada um valiosos presentes em dinheiro e joias, assim como o senhorio de algumas das cidades fortificadas de Judá. Contudo, o trono foi para Jeorão, porque era o mais velho.

Jeorão rei de Judá

(2 Rs 8.16-24)

Quando este último se sentiu confirmado solidamente como rei, matou os irmãos e muitos outros líderes de Israel. Jeorão tinha 32 anos quando começou a reinar. Reinou 8 anos em Jerusalém. Foi tão mau como os reis de Israel. Assemelhou-se ao ímpio Acabe e até casou com uma das suas filhas. Toda a sua vida fez o que era mau aos olhos do Senhor. No entanto, o Senhor não tinha a intenção de destruir a descendência de David, pois fizera com ele uma aliança em que lhes tinha prometido, a ele e aos seus descendentes, que manteria para sempre acesa a sua lâmpada.

Durante o reinado de Jeorão o povo de Edom revoltou-se contra Judá e elegeu o seu próprio rei. Jeorão atacou-o com todo o exército, equipado com carros de combate, progredindo de noite, e quase conseguiu dominá-los. Edom manteve a sua independência até este dia. Por essa altura, também Libna se revoltou. Tudo porque Jeorão desprezou o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Além disso, construiu santuários pagãos, no cimo das colinas de Judá, e levou a população de Jerusalém a prestar-lhes culto; foi mesmo uma imposição que fez ao povo de Jerusalém e Judá.

O profeta Elias escreveu-lhe, certa vez, a seguinte carta:

“O Senhor, o Deus do teu antepassado David, diz que não tens andado nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e do rei Asa. Tornaste-te tão perverso como os reis de Israel e fizeste com que o povo de Jerusalém e de Judá adorasse ídolos, como nos tempos do rei Acabe, e mataste os teus irmãos, que eram melhores do que tu. Por isso, o Senhor destruirá a tua nação com uma grande praga; tanto tu como os teus filhos, as tuas mulheres e tudo o que tens se perderá. Serás ferido com uma enfermidade intestinal e as tuas entranhas rebentarão.”

O Senhor suscitou a revolta dos filisteus e dos árabes, vizinhos dos cuchitas. Estes foram levados a atacar Jeorão, a marchar contra Judá, a atravessar a fronteira, e a levar tudo o que havia de valioso no palácio real, e ainda os seus filhos e as suas mulheres; só o mais novo, Jeoacaz,21.17 Variante de Acazias. conseguiu escapar.

Foi depois disto que o Senhor o feriu com a tal doença intestinal incurável. Com a evolução da doença, ao fim de dois anos, os intestinos rebentaram e morreu no meio de tremendo sofrimento. Nem sequer lhe fizeram as cerimónias fúnebres habituais com queima de aromas.

Tinha 32 anos de idade quando começou a reinar. Reinou 8 anos em Jerusalém e morreu sem deixar saudades. Foi enterrado na Cidade de David, mas não no cemitério real.

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2 Crónicas 22:1-12

Acazias rei de Judá

(2 Rs 8.25-29; 9.14-29)

A população de Jerusalém colocou no trono Acazias, que era o filho mais novo do rei antecedente; os bandos de pilhagem árabes tinham morto todos os outros filhos.

Acazias tinha 22 anos quando começou a reinar. Reinou durante um ano em Jerusalém. O nome da sua mãe era Atalia, neta de Omri.

Também ele se comportou perversamente, como todos os descendentes Acabe, a conselho da própria mãe. Essa influência maléfica de Acabe deveu-se, em grande parte, também ao facto de membros da família de Acabe se terem tornado seus conselheiros, depois da morte do pai, conduzindo-o à ruína.

Seguindo os seus maus conselhos, Acazias fez aliança com o rei Jorão de Israel, filho de Acabe, que estava em guerra contra Hazael, rei de Aram, em Ramote-Gileade. Entretanto, o rei Jorão de Israel ficou ferido. Regressou a Jezreel, para se restabelecer dos ferimentos que tinha sofrido em Ramote-Gileade, e Acazias foi visitá-lo.

Isto revelou-se um erro fatal, pois Deus usou essa visita a Jorão para castigar Acazias. Durante essa visita, Acazias foi com Jorão desafiar Jeú, filho de Ninsi, aquele que o Senhor tinha indicado para pôr fim à dinastia de Acabe. Enquanto Jeú perseguia e matava os membros e amigos da família de Acabe, encontrou os sobrinhos de Acazias, príncipes de Judá, e matou-os. Indo ele e os seus homens à procura de Acazias, acharam-no escondido na cidade de Samaria. Este foi trazido a Jeú, que o matou. Apesar de tudo, fizeram-lhe um enterro real, porque era neto do rei Jeosafá, o homem que fervorosamente servira o Senhor. Da família de Acazias, naquele momento, não havia ninguém que pudesse suceder-lhe como rei.

Atalia e Joás

(2 Rs 11.1-3)

Quando Atalia, mãe do rei Acazias de Judá, soube que o seu filho tinha morrido, matou os filhos deste. Joás foi salvo pela sua tia Jeoseba, irmã do rei Acazias, que o escondeu numa câmara do templo, de tal forma que Atalia não o conseguiu matar; Jeoseba era filha do rei Jeorão e mulher do sacerdote Jeoiada. Joás ficou escondido no templo de Deus durante 6 anos. Entretanto, Atalia governava como rainha regente.

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2 Crónicas 23:1-21

Rainha Atalia deposta e morta

(2 Rs 11.4-20)

No sétimo ano da regência de Atalia, o sacerdote Jeoiada encheu-se de coragem e foi ter com alguns dos oficiais do exército: Azarias, filho de Jeroão, Ismael, filho de Jeoanã, Azarias, filho de Obede, Maaseia, filho de Adaías, e Elisafate, filho de Zicri, para fazer com eles um tratado. Estes homens deslocaram-se secretamente através da nação, para colocar os levitas e os chefes de clã ao corrente dos seus planos de conspiração e convocá-los para Jerusalém. Reunidos, juraram lealdade ao jovem rei, que ainda vivia escondido no templo.

“Chegou, enfim, o tempo do nosso rei começar a reinar!”, exclamou Jeoiada. “A promessa do Senhor, de que um descendente de David seria sempre o nosso rei, irá concretizar-se de novo. O plano que temos é este: um terço dos sacerdotes e levitas, que executam serviço ao sábado, ficará à entrada, de guarda. Outro terço irá para o palácio e a outra terça parte ficará na porta do Fundamento. O resto deverá permanecer nos pátios exteriores do templo, como requerem as leis do Senhor. Porque apenas os sacerdotes e os levitas em funções podem entrar no templo, porque estão santificados. Os levitas formarão a guarda pessoal do rei; estarão armados e prontos a matar seja quem for que entre no templo sem autorização. Mantenham-se sempre junto ao rei!”

Os levitas seguiram as indicações de Joiada. Cada um dos três líderes levou um terço dos sacerdotes, tanto os que iam entrar nesse sábado em funções como os que saíam nessa semana, porque Jeoiada não deixou ninguém ir embora. Depois Jeoiada entregou lanças e escudos a todos os oficiais do exército. Eram armas que tinham pertencido ao rei David e se encontravam agora depositadas numa das dependências do templo. Estes oficiais, completamente armados, formaram uma linha, de um lado ao outro, na frente do templo e em volta do altar.

Depois trouxeram fora o príncipe, colocaram-lhe uma coroa na cabeça, entregaram-lhe uma cópia do testemunho e, imediatamente, o proclamaram rei e o ungiram. Jeoiada e os seus filhos com grande brado gritaram: “Viva o rei!”

Quando Atalia ouviu todo aquele barulho e a agitação popular, aclamando o rei, correu para o templo para ver o que se passava. Lá estava o rei, junto ao pilar da entrada, com os oficiais do exército e os trombeteiros a rodeá-lo. O povo, que vinha de toda a parte, regozijava-se. Ouviam-se as cornetas; os levitas também cantavam, acompanhados de instrumentos e conduzindo o povo num grande salmo de louvor. Atalia rasgou os vestidos e gritou: “Traição! Traição!”

“Tirem-na daqui”, ordenou Jeoiada aos oficiais da guarda. “Não a matem aqui no templo e matem quem quer que seja que tente livrá-la!”

Levaram-na para as cavalariças do palácio e ali a mataram. Jeoiada fez então uma promessa solene em como ele, o rei e o povo haveriam de ser o povo do Senhor. Depois toda a gente se dirigiu ao templo de Baal para derrubá-lo, destruindo os altares e as imagens, e mataram Matã, o sacerdote de Baal, diante dos altares.

Jeoiada designou sacerdotes levitas como guardas no templo do Senhor e também os que deveriam ter a função de oferecer holocaustos, de acordo com as ordenanças que o Senhor determinara na Lei de Moisés. Fez, aliás, a mesma distribuição de funções entre os levitas que o rei David estabelecera. Eles cantavam de alegria, enquanto trabalhavam. Estabeleceu também guardas às portas do templo, que fiscalizavam o acesso, impedindo a entrada de pessoas ritualmente impuras.

Os oficiais do exército, os nobres, os governadores e o povo escoltaram o rei no percurso, desde a porta superior até ao palácio, e sentaram-no no trono. Toda a gente ficou feliz e a cidade se pacificou, após a morte de Atalia.

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