Gênesis 38:1-30, Gênesis 39:1-23 NVI-PT

Gênesis 38:1-30

A História de Judá e Tamar

Por essa época, Judá deixou seus irmãos e passou a viver na casa de um homem de Adulão, chamado Hira. Ali Judá encontrou a filha de um cananeu chamado Suá e casou-se com ela. Ele a possuiu, ela engravidou e deu à luz um filho, ao qual ele deu o nome de Er. Tornou a engravidar, teve um filho e deu-lhe o nome de Onã. Quando estava em Quezibe, ela teve ainda outro filho e chamou-o Selá.

Judá escolheu uma mulher chamada Tamar para Er, seu filho mais velho. Mas o Senhor reprovou a conduta perversa de Er, filho mais velho de Judá, e por isso o matou.

Então Judá disse a Onã: “Case-se com a mulher do seu irmão, cumpra as suas obrigações de cunhado para com ela e dê uma descendência a seu irmão”. Mas Onã sabia que a descendência não seria sua; assim, toda vez que possuía a mulher do seu irmão, derramava o sêmen no chão para evitar que seu irmão tivesse descendência. O Senhor reprovou o que ele fazia, e por isso o matou também.

Disse então Judá à sua nora Tamar: “More como viúva na casa de seu pai até que o meu filho Selá cresça”, porque temia que ele viesse a morrer, como os seus irmãos. Assim Tamar foi morar na casa do pai.

Tempos depois morreu a mulher de Judá, filha de Suá. Passado o luto, Judá foi ver os tosquiadores do seu rebanho em Timna com o seu amigo Hira, o adulamita.

Quando foi dito a Tamar: “Seu sogro está a caminho de Timna para tosquiar suas ovelhas”, ela trocou suas roupas de viúva, cobriu-se com um véu para se disfarçar e foi sentar-se à entrada de Enaim, que fica no caminho de Timna. Ela fez isso porque viu que, embora Selá já fosse crescido, ela não lhe tinha sido dada em casamento.

Quando a viu, Judá pensou que fosse uma prostituta, porque ela havia encoberto o rosto.

Não sabendo que era a sua nora, dirigiu-se a ela, à beira da estrada, e disse: “Venha cá, quero deitar-me com você”.

Ela lhe perguntou: “O que você me dará para deitar-se comigo?” Disse ele: “Eu lhe mandarei um cabritinho do meu rebanho”.

E ela perguntou: “Você me deixará alguma coisa como garantia até que o mande?”

Disse Judá: “Que garantia devo dar-lhe?”

Respondeu ela: “O seu selo com o cordão, e o cajado que você tem na mão”. Ele os entregou e a possuiu, e Tamar engravidou dele. Ela se foi, tirou o véu e tornou a vestir as roupas de viúva.

Judá mandou o cabritinho por meio de seu amigo adulamita, a fim de reaver da mulher sua garantia, mas ele não a encontrou, e perguntou aos homens do lugar: “Onde está a prostituta cultual que costuma ficar à beira do caminho de Enaim?”

Eles responderam: “Aqui não há nenhuma prostituta cultual”.

Assim ele voltou a Judá e disse: “Não a encontrei. Além disso, os homens do lugar disseram que lá não há nenhuma prostituta cultual”.

Disse Judá: “Fique ela com o que lhe dei. Não quero que nos tornemos objeto de zombaria. Afinal de contas, mandei a ela este cabritinho, mas você não a encontrou”.

Cerca de três meses mais tarde, disseram a Judá: “Sua nora Tamar prostituiu-se, e na sua prostituição ficou grávida”.

Disse Judá: “Tragam-na para fora e queimem-na viva!”

Quando ela estava sendo levada para fora, mandou o seguinte recado ao sogro: “Estou grávida do homem que é dono destas coisas”. E acrescentou: “Veja se o senhor reconhece a quem pertencem este selo, este cordão e este cajado”.

Judá os reconheceu e disse: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la entregue a meu filho Selá”. E não voltou a ter relações com ela.

Quando lhe chegou a época de dar à luz, havia gêmeos em seu ventre. Enquanto ela dava à luz, um deles pôs a mão para fora; então a parteira pegou um fio vermelho e amarrou o pulso do menino, dizendo: “Este saiu primeiro”. Mas, quando ele recolheu a mão, seu irmão saiu, e ela disse: “Então você conseguiu uma brecha para sair!” E deu-lhe o nome de Perez. Depois saiu seu irmão que estava com o fio vermelho no pulso, e foi-lhe dado o nome de Zerá.

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Gênesis 39:1-23

José é Assediado pela Mulher de Potifar

José havia sido levado para o Egito, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá.

O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio. Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava, agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía. Desde que o deixou cuidando de sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo. Assim, deixou ele aos cuidados de José tudo o que tinha, e não se preocupava com coisa alguma, exceto com sua própria comida.

José era atraente e de boa aparência, e, depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo e o convidou: “Venha, deite-se comigo!” Mas ele se recusou e lhe disse: “Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados. Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?” Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele se recusava a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela.

Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava. Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: “Vamos, deite-se comigo!” Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela.

Quando ela viu que, ao fugir, ele tinha deixado o manto em sua mão, chamou os empregados e lhes disse: “Vejam, este hebreu nos foi trazido para nos insultar! Ele entrou aqui e tentou abusar de mim, mas eu gritei. Quando me ouviu gritar por socorro, largou seu manto ao meu lado e fugiu da casa”.

Ela conservou o manto consigo até que o senhor de José chegasse à casa. Então repetiu-lhe a história: “Aquele escravo hebreu que você nos trouxe aproximou-se de mim para me insultar. Mas, quando gritei por socorro, ele largou seu manto ao meu lado e fugiu”.

Quando o seu senhor ouviu o que a sua mulher lhe disse: “Foi assim que o seu escravo me tratou”, ficou indignado. Mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei.

José ficou na prisão, mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro. Por isso o carcereiro encarregou José de todos os que estavam na prisão, e ele se tornou responsável por tudo o que lá sucedia. O carcereiro não se preocupava com nada do que estava a cargo de José, porque o Senhor estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que realizava.

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