Ester 2:19-23, Ester 3:1-15, Ester 4:1-17, Ester 5:1-14 NVI-PT

Ester 2:19-23

Mardoqueu Descobre uma Conspiração

Quando as virgens foram reunidas pela segunda vez, Mardoqueu estava sentado junto à porta do palácio real. Ester havia mantido segredo sobre seu povo e sobre a origem de sua família, conforme a ordem de Mardoqueu, pois continuava a seguir as instruções dele, como fazia quando ainda estava sob sua tutela.

Um dia, quando Mardoqueu estava sentado junto à porta do palácio real, Bigtã e Teres, dois dos oficiais do rei que guardavam a entrada, estavam indignados e conspiravam para assassinar o rei Xerxes. Mardoqueu, porém, descobriu o plano e o contou à rainha Ester, que, por sua vez, passou a informação ao rei, em nome de Mardoqueu. Depois de investigada a informação e descobrindo-se que era verdadeira, os dois oficiais foram enforcados2.23 Ou pendurados em postes; ou ainda empalados. Tudo isso foi escrito nos registros históricos, na presença do rei.

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Ester 3:1-15

O Plano de Hamã para Exterminar os Judeus

Depois desses acontecimentos, o rei Xerxes honrou Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague, promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais nobres. Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei. Mardoqueu, porém, não se curvava nem se prostrava diante dele.

Então os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: “Por que você desobedece à ordem do rei?” Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não lhes dava atenção e dizia que era judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se o comportamento de Mardoqueu seria tolerado.

Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes.

No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã3.7 O mesmo que abibe; aproximadamente março/abril., lançaram o pur, isto é, a sorte, na presença de Hamã a fim de escolher um dia e um mês para executar o plano. E foi sorteado o décimo segundo mês, o mês de adar3.7 Aproximadamente fevereiro/março; também no versículo 13..

Então Hamã disse ao rei Xerxes: “Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias do teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los. Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles, e eu colocarei trezentas e cinquenta toneladas3.9 Hebraico: 10.000 talentos. Um talento equivalia a 35 quilos. de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho”.

Em vista disso, o rei tirou seu anel-selo do dedo, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: “Fique com a prata e faça com o povo o que você achar melhor”.

Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês, os secretários do rei foram convocados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel. As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens. Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia.

Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a cidade de Susã estava em confusão.

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Ester 4:1-17

O Pedido de Mardoqueu a Ester

Quando Mardoqueu soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes, vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz. Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permissão de entrar. Em cada província onde chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.

Quando as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram o que se passava com Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que as vestisse e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las. Então Ester convocou Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e por que ele estava agindo assim.

Hatá foi falar com Mardoqueu na praça da cidade, em frente da porta do palácio real. Mardoqueu contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido e quanta prata Hamã tinha prometido depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus. Deu-lhe também uma cópia do decreto que falava do extermínio e que tinha sido anunciado em Susã, para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à presença do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo.

Hatá retornou e relatou a Ester tudo o que Mardoqueu lhe tinha dito. Então ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu: “Todos os oficiais do rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei para qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de trinta dias”.

Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, mandou dizer-lhe: “Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, você será a única entre os judeus que escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?”

Então Ester mandou esta resposta a Mardoqueu: “Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei”.

Mardoqueu retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester.

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Ester 5:1-14

O Pedido de Ester ao Rei

Três dias depois, Ester vestiu seus trajes de rainha e colocou-se no pátio interno do palácio, em frente do salão do rei. O rei estava no trono, de frente para a entrada. Quando viu a rainha Ester ali no pátio, teve misericórdia dela e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão. Ester aproximou-se e tocou a ponta do cetro.

E o rei lhe perguntou: “Que há, rainha Ester? Qual é o seu pedido? Mesmo que seja a metade do reino, será dado a você”.

Respondeu Ester: “Se for do agrado do rei, venha com Hamã a um banquete que lhe preparei”.

Disse o rei: “Tragam Hamã imediatamente, para que ele atenda ao pedido de Ester”.

Então o rei e Hamã foram ao banquete que Ester havia preparado. Enquanto bebiam vinho, o rei tornou a perguntar a Ester: “Qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja a metade do reino, será concedido a você”.

E Ester respondeu: “Este é o meu pedido e o meu desejo: Se o rei tem consideração por mim e se lhe agrada atender e conceder o meu pedido, que o rei e Hamã venham amanhã ao banquete que lhes prepararei. Então responderei à pergunta do rei”.

A Ira de Hamã contra Mardoqueu

Naquele dia, Hamã saiu alegre e contente. Mas ficou furioso quando viu que Mardoqueu, que estava junto à porta do palácio real, não se levantou nem mostrou respeito em sua presença. Hamã, porém, controlou-se e foi para casa.

Reunindo seus amigos e Zeres, sua mulher, Hamã vangloriou-se de sua grande riqueza, de seus muitos filhos e de como o rei o havia honrado e promovido acima de todos os outros nobres e oficiais. E acrescentou Hamã: “Além disso, sou o único que a rainha Ester convidou para acompanhar o rei ao banquete que ela lhe ofereceu. Ela me convidou para comparecer amanhã, com o rei. Mas tudo isso não me dará satisfação enquanto eu vir aquele judeu Mardoqueu sentado junto à porta do palácio real”.

Então Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos lhe sugeriram: “Mande fazer uma forca, de mais de vinte metros5.14 Hebraico: 50 côvados. O côvado era uma medida linear de cerca de 45 centímetros. de altura, e logo pela manhã peça ao rei que Mardoqueu seja enforcado nela. Assim você poderá acompanhar o rei ao jantar e alegrar-se”. A sugestão agradou Hamã, e ele mandou fazer a forca.

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