2 Samuel 15:13-37, 2 Samuel 16:1-14 NVI-PT

2 Samuel 15:13-37

A Fuga de Davi

Então um mensageiro chegou e disse a Davi: “Os israelitas estão com Absalão!”

Em vista disso, Davi disse aos conselheiros que estavam com ele em Jerusalém: “Vamos fugir; caso contrário não escaparemos de Absalão. Se não partirmos imediatamente ele nos alcançará, causará a nossa ruína e matará o povo à espada”.

Os conselheiros do rei lhe responderam: “Teus servos estão dispostos a fazer tudo o que o rei, nosso senhor, decidir”.

O rei partiu, seguido por todos os de sua família; deixou, porém, dez concubinas para tomarem conta do palácio. Assim, o rei partiu com todo o povo. Pararam na última casa da cidade, e todos os seus soldados marcharam, passando por ele: todos os queretitas e peletitas, e os seiscentos giteus que o acompanhavam desde Gate.

O rei disse então a Itai, de Gate: “Por que você está indo conosco? Volte e fique com o novo rei, pois você é estrangeiro, um exilado de sua terra. Faz pouco tempo que você chegou. Como eu poderia fazê-lo acompanhar-me? Volte e leve consigo os seus irmãos. Que o Senhor o trate com bondade e fidelidade!”

Itai, contudo, respondeu ao rei: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que, onde quer que o rei, meu senhor, esteja, ali estará o teu servo, para viver ou para morrer!”

Então Davi disse a Itai: “Está bem, pode ir adiante”. E Itai, o giteu, marchou, com todos os seus soldados e com as famílias que estavam com ele.

Todo o povo do lugar chorava em alta voz enquanto o exército passava. O rei atravessou o vale do Cedrom e todo o povo foi com ele em direção ao deserto.

Zadoque também estava lá e com ele todos os levitas que carregavam a arca da aliança de Deus; Abiatar também estava lá. Puseram no chão a arca de Deus até que todo o povo saísse da cidade.

Então o rei disse a Zadoque: “Leve a arca de Deus de volta para a cidade. Se o Senhor mostrar benevolência a mim, ele me trará de volta e me deixará ver a arca e o lugar onde ela deve permanecer. Mas, se ele disser que já não sou do seu agrado, aqui estou! Faça ele comigo a sua vontade”.

Disse ainda o rei ao sacerdote Zadoque: “Fique alerta! Volte em paz para a cidade, você, Aimaás, seu filho, e Jônatas, filho de Abiatar. Pelos desfiladeiros do deserto ficarei esperando notícias de vocês”. Então Zadoque e Abiatar levaram a arca de Deus de volta para Jerusalém e lá permaneceram.

Davi, porém, continuou subindo o monte das Oliveiras, caminhando e chorando, com a cabeça coberta e os pés descalços. E todos os que iam com ele também tinham a cabeça coberta e subiam chorando. Quando informaram a Davi que Aitofel era um dos conspiradores que apoiavam Absalão, Davi orou: “Ó Senhor, transforma em loucura os conselhos de Aitofel”.

Quando Davi chegou ao alto do monte, ao lugar onde o povo costumava adorar a Deus, veio ao seu encontro o arquita Husai, com a roupa rasgada e com terra sobre a cabeça. E Davi lhe disse: “Não adianta você vir comigo. Mas, se voltar à cidade, poderá dizer a Absalão: Estarei a teu serviço, ó rei. No passado estive a serviço de teu pai, mas agora estarei a teu serviço. Assim você me ajudará, frustrando o conselho de Aitofel. Os sacerdotes Zadoque e Abiatar estarão lá com você. Informe-os do que você souber no palácio. Também estão lá os dois filhos deles: Aimaás e Jônatas. Por meio deles me informe de tudo o que você ouvir”.

Husai, amigo de Davi, chegou a Jerusalém quando Absalão estava entrando na cidade.

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2 Samuel 16:1-14

Davi e Ziba

Mal Davi tinha passado pelo alto do monte, lá estava à sua espera Ziba, criado de Mefibosete. Ele trazia dois jumentos carregando duzentos pães, cem bolos de uvas passas, cem frutas da estação e uma vasilha de couro cheia de vinho.

O rei perguntou a Ziba: “Por que você trouxe essas coisas?”

Ziba respondeu: “Os jumentos servirão de montaria para a família do rei, os pães e as frutas são para os homens comerem, e o vinho servirá para reanimar os que ficarem exaustos no deserto”.

“Onde está Mefibosete, neto de seu senhor?”, perguntou o rei.

Respondeu-lhe Ziba: “Ele ficou em Jerusalém, pois acredita que os israelitas lhe restituirão o reino de seu avô”.

Então o rei disse a Ziba: “Tudo o que pertencia a Mefibosete agora é seu”.

“Humildemente me prostro”, disse Ziba. “Que o rei, meu senhor, agrade-se de mim”.

Simei Amaldiçoa Davi

Chegando o rei Davi a Baurim, um homem do clã da família de Saul chamado Simei, filho de Gera, saiu da cidade proferindo maldições contra ele. Ele atirava pedras em Davi e em todos os conselheiros do rei, embora todo o exército e a guarda de elite estivessem à direita e à esquerda de Davi. Enquanto amaldiçoava, Simei dizia: “Saia daqui, saia daqui! Assassino! Bandido! O Senhor retribuiu a você todo o sangue derramado na família de Saul, em cujo lugar você reinou. O Senhor entregou o reino nas mãos de seu filho Absalão. Você está arruinado porque é um assassino!”

Então Abisai, filho de Zeruia, disse ao rei: “Por que esse cão morto amaldiçoa o rei, meu senhor? Permite que eu lhe corte a cabeça”.

Mas o rei disse: “Que é que vocês têm com isso, filhos de Zeruia? Ele me amaldiçoa porque o Senhor lhe disse que amaldiçoasse Davi. Portanto, quem poderá questioná-lo?”

Disse então Davi a Abisai e a todos os seus conselheiros: “Até meu filho, sangue do meu sangue16.11 Hebraico: que saiu das minhas entranhas., procura matar-me. Quanto mais este benjamita! Deixem-no em paz! Que amaldiçoe, pois foi o Senhor que mandou fazer isso. Talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo”.

Assim, Davi e os seus soldados prosseguiram pela estrada, enquanto Simei ia pela encosta do monte, no lado oposto, amaldiçoando e jogando pedras e terra. O rei e todo o povo que estava com ele chegaram exaustos a seu destino. E lá descansaram.

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