Salmo 77
Salmo de Asafe. Para o diretor do coro, Jedutun77.0 Cf. 1 Cr 16.41..
1Clamo a Deus, elevo-lhe a minha voz;
tenho-me dirigido a ele para que me ouça.
2Quando me encontrava angustiado procurei o Senhor.
Durante toda a noite levantei-lhe, sem cessar,
as minhas mãos em oração;
recusava qualquer tipo de consolação.
3Pensava em Deus e gemia;
queixava-me e o meu espírito desfalecia. (Pausa)
4Fugia-me o sono;
estava tão perturbado que nem conseguia orar.
5Lembrava-me dos dias passados,
de há já muito tempo,
6em que enchia as noites de cânticos;
comecei então a refletir e examinar-me.
7Será que o Senhor nos rejeitará para sempre
e nunca mais nos será favorável?
8Terá a sua bondade terminado definitivamente?
As suas promessas,
que se têm cumprido de geração em geração,
terão agora falhado?
9Ter-se-á Deus esquecido da misericórdia
ou a sua cólera sido maior que o seu amor? (Pausa)
10Então disse para mim mesmo:
“O mal está em mim!”
Terá o poder da mão de Deus deixado de ser o mesmo?
11Recordarei, pois, as obras do Senhor,
todos os seus milagres maravilhosos,
desde os tempos da antiguidade.
12Meditarei em todos os teus feitos,
recordá-los-ei de novo no meu espírito.
13Ó Deus, os teus caminhos são santos;
onde encontrarei um deus poderoso como tu?
14És o Deus que opera maravilhas;
tornas conhecida a tua força entre os povos.
15Salvaste-nos com a força do teu braço,
a nós, o teu povo, os filhos de Jacob e José. (Pausa)
16Quando as águas do mar Vermelho te viram,
recuaram de medo e o fundo do mar tremeu.
17Grossas nuvens se desfizeram em chuva;
os céus ecoaram com trovões,
foram atravessados de ponta a ponta com relâmpagos.
18O barulho dos trovões encheu os ares;
a luz dos relâmpagos acendeu-se sobre o mundo;
a terra tremeu e foi sacudida.
19Abriste um caminho pelo meio do mar,
uma estrada através do mar alto;
um caminho que nunca ninguém tinha visto.
20Foi assim que guiaste o teu povo, como um rebanho,
pela mão de Moisés e Aarão.
Salmo 77
Para o mestre de música. Ao estilo de Jedutum. Salmo da família de Asafe.
1Clamo a Deus por socorro;
clamo a Deus que me escute.
2Quando estou angustiado, busco o Senhor;
de noite estendo as mãos sem cessar;
a minha alma está inconsolável!
3Lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro;
começo a meditar, e o meu espírito desfalece. Pausa
4Não me permites fechar os olhos;
tão inquieto estou que não consigo falar.
5Fico a pensar nos dias que se foram,
nos anos há muito passados;
6de noite recordo minhas canções.
O meu coração medita, e o meu espírito pergunta:
7Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre?
Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor?
8Desapareceu para sempre o seu amor?
Acabou-se a sua promessa?
9Esqueceu-se Deus de ser misericordioso?
Em sua ira refreou sua compaixão? Pausa
10Então pensei: “A razão da minha dor
é que a mão direita do Altíssimo não age mais”.77.10 Ou Apelarei para o que há muito fez a mão direita do Altíssimo.
11Recordarei os feitos do Senhor;
recordarei os teus antigos milagres.
12Meditarei em todas as tuas obras
e considerarei todos os teus feitos.
13Teus caminhos, ó Deus, são santos.
Que deus é tão grande como o nosso Deus?
14Tu és o Deus que realiza milagres;
mostras o teu poder entre os povos.
15Com o teu braço forte resgataste o teu povo,
os descendentes de Jacó e de José. Pausa
16As águas te viram, ó Deus,
as águas te viram e se contorceram;
até os abismos estremeceram.
17As nuvens despejaram chuvas,
ressoou nos céus o trovão;
as tuas flechas reluziam em todas as direções.
18No redemoinho, estrondou o teu trovão,
os teus relâmpagos iluminaram o mundo;
a terra tremeu e sacudiu-se.
19A tua vereda passou pelo mar,
o teu caminho pelas águas poderosas,
e ninguém viu as tuas pegadas.
20Guiaste o teu povo como a um rebanho
pela mão de Moisés e de Arão.