Marcos 8 – NVI-PT & OL

Nova Versão Internacional

Marcos 8:1-38

A Segunda Multiplicação dos Pães

(Mt 15.29-39)

1Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: 2“Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. 3Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe”.

4Os seus discípulos responderam: “Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá-los?”

5“Quantos pães vocês têm?”, perguntou Jesus.

“Sete”, responderam eles.

6Ele ordenou à multidão que se assentasse no chão. Depois de tomar os sete pães e dar graças, partiu-os e os entregou aos seus discípulos, para que os servissem à multidão; e eles o fizeram. 7Tinham também alguns peixes pequenos; ele deu graças igualmente por eles e disse aos discípulos que os distribuíssem. 8O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. 9Cerca de quatro mil homens estavam presentes. E, tendo-os despedido, 10entrou no barco com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta.

Os Fariseus Pedem um Sinal

(Mt 16.1-4)

11Os fariseus vieram e começaram a interrogar Jesus. Para pô-lo à prova, pediram-lhe um sinal do céu. 12Ele suspirou profundamente e disse: “Por que esta geração pede um sinal milagroso? Eu afirmo que nenhum sinal será dado a vocês”. 13Então se afastou deles, voltou para o barco e foi para o outro lado.

O Fermento dos Fariseus e de Herodes

(Mt 16.5-12)

14Os discípulos haviam se esquecido de levar pão, a não ser um pão que tinham consigo no barco. 15Advertiu-os Jesus: “Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.

16E eles discutiam entre si, dizendo: “É porque não temos pão”.

17Percebendo a discussão, Jesus lhes perguntou: “Por que vocês estão discutindo sobre não terem pão? Ainda não compreendem nem percebem? O coração de vocês está endurecido? 18Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram? 19Quando eu parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”

“Doze”, responderam eles.

20“E, quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”

“Sete”, responderam eles.

21Ele lhes disse: “Vocês ainda não entendem?”

A Cura de um Cego em Betsaida

22Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele. 23Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Depois de cuspir nos olhos do homem e impor-lhe as mãos, Jesus perguntou: “Você está vendo alguma coisa?”

24Ele levantou os olhos e disse: “Vejo pessoas; elas parecem árvores andando”.

25Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente. 26Jesus mandou-o para casa, dizendo: “Não entre no povoado8.26 Vários manuscritos acrescentam nem conte nada a ninguém no povoado.!”

A Confissão de Pedro

(Mt 16.13-20; Lc 9.18-21)

27Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou?”

28Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas”.

29“E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?”

Pedro respondeu: “Tu és o Cristo8.29 Ou Messias. Tanto Cristo (grego) como Messias (hebraico) significam Ungido; também em todo o livro de Marcos.”.

30Jesus os advertiu que não falassem a ninguém a seu respeito.

Jesus Prediz sua Morte e Ressurreição

(Mt 16.21-28; Lc 9.22-27)

31Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse. 32Ele falou claramente a esse respeito. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo.

33Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: “Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”.

34Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35Pois quem quiser salvar a sua vida8.35 Ou alma a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho a salvará. 36Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? 37Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.

O Livro

Marcos 8:1-38

Jesus alimenta 4000 homens

(Mt 15.32-39)

1Naquele tempo, estando outra grande multidão reunida, o povo ficou novamente sem provisões. Jesus chamou os discípulos para perto de si e disse: 2“Sinto compaixão desta gente, porque estão comigo há três dias e não têm com que se alimentar. 3Se os mandar embora com fome, desfalecem pelo caminho, pois alguns vêm de muito longe.” 4Os discípulos responderam-lhe: “E onde se poderá aqui num deserto arranjar pão para alimentá-los?” 5“Quantos pães têm?”, inquiriu. “Sete”, responderam.

6Mandou então que todos se sentassem no chão. E tomando os sete pães, deu graças a Deus, partiu-os em pedaços e entregou-os aos discípulos, para os levarem à multidão; e estes assim fizeram. 7Encontraram também alguns peixinhos que Jesus igualmente abençoou e mandou os discípulos servir.

8E a multidão comeu até ficar satisfeita. Recolhidas as sobras, ainda sobejaram sete cestos. 9Havia cerca de 4000 homens. Então mandou-os embora.

Os religiosos pedem um sinal

(Mt 16.1-4)

10Logo a seguir entrou num barco com os discípulos e foi para a região de Dalmanuta. 11Quando os fariseus daquela terra souberam da sua chegada, vieram e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe que fizesse um sinal do céu, para o porem à prova. 12Ao ouvir estas palavras, sentiu-se profundamente triste no seu espírito e disse: “Porque pede esta geração um sinal? É realmente como vos digo: não receberá nenhum sinal!” 13Então deixou-os e voltou para o barco, atravessando para a outra margem do lago.

O fermento dos fariseus e de Herodes

(Mt 16.5-12)

14Os discípulos, contudo, tinham-se esquecido de fazer provisão de comida antes de partirem, pelo que só tinham um pão a bordo. 15Durante a travessia, Jesus disse-lhes muito solenemente: “Prestem atenção, tenham cuidado com o fermento do rei Herodes e dos fariseus.”

16“Que quererá dizer?”, perguntavam os discípulos uns aos outros. E chegaram à conclusão de que devia referir-se ao facto de se terem esquecido de levar pão.

17Jesus percebeu o que discutiam entre si: “Porque se preocupam tanto por não terem pão? Nunca chegaram a compreender? Será porventura o vosso coração demasiado duro para entender isto? 18Se têm olhos, porque não veem? Se têm ouvidos, porque não ouvem? Já não se lembram? 19E os 5000 homens que alimentei só com cinco pães? Quantos cestos cheios de sobras recolheram depois?” Disseram: “Doze.” 20“E quando alimentei os 4000 com sete pães, quanto sobejou?” Responderam: “Sete cestos cheios.” 21Jesus disse-lhes: “Não perceberam ainda?”

A cura do cego de Betsaida

22Quando chegaram a Betsaida, algumas pessoas trouxeram-lhe um cego, pedindo-lhe que tocasse nele e o curasse. 23Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Aí, cuspiu-lhe nos olhos e pôs as mãos em cima deles. “Já vês alguma coisa?”, perguntou a seguir.

24O homem olhou em volta: “Sim! Vejo homens mas não os distingo bem; parecem troncos de árvore a andar de um lado para o outro.”

25Então pôs outra vez as mãos em cima dos olhos do homem e, quando olhou bem, tinha recuperado completamente a visão e via claramente o que se passava à sua volta. 26Jesus mandou-o para casa, para junto da família. “Não passes sequer pela aldeia”, recomendou-lhe.

A confissão de Pedro sobre Jesus

(Mt 16.13-16, 20; Lc 9.18-21)

27Jesus e os discípulos saíram da Galileia e foram para as vilas de Cesareia de Filipe. Enquanto caminhavam, perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”

28“Há quem diga que és João Batista. Outros afirmam que és Elias ou um dos outros profetas.”

29Então perguntou-lhes: “E vocês, quem pensam que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo!” 30Jesus recomendou-lhes que não o dissessem a ninguém.

Jesus fala da sua morte

(Mt 16.21-23; Lc 9.22)

31E começou a ensiná-los: “O Filho do Homem está destinado a passar por muitos sofrimentos, ser rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos especialistas na Lei e ser morto, mas três dias depois ressuscitará.” 32Falando com eles abertamente, Pedro chamou-o à parte e começou a repreendê-lo.

33Jesus voltou-se, e depois de olhar para os discípulos, disse severamente a Pedro: “Vai para trás de mim, Satanás! Vês as coisas do ponto de vista humano e não do ponto de vista de Deus.”

Como ser discípulo de Cristo

(Mt 16.24-28; Lc 9.23-27)

34Chamando os discípulos e o povo para o ouvirem, falou-lhes assim: “Se alguém quiser ser meu seguidor, tem de esquecer-se de si próprio, tomar a sua cruz e seguir-me. 35Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á. E quem perder a sua vida por minha causa e por causa do evangelho salvá-la-á. 36Que lucro terá o homem em ganhar o mundo inteiro e causar dano à própria vida? 37Haverá alguma coisa mais valiosa do que a própria vida da pessoa? 38Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, no meio desta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará desse, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.”