Marcos 14 – NVI-PT & CST

Nova Versão Internacional

Marcos 14:1-72

Jesus é Ungido em Betânia

(Mt 26.6-13; Jo 12.1-8)

1Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a festa dos pães sem fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro14.1 Ou prender Jesus por meio de engano e matá-lo. 2Mas diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo”.

3Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.

4Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: “Por que este desperdício de perfume? 5Ele poderia ser vendido por trezentos denários14.5 O denário era uma moeda de prata equivalente à diária de um trabalhador braçal., e o dinheiro ser dado aos pobres”. E eles a repreendiam severamente.

6“Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo. 7Pois os pobres vocês sempre terão com vocês e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão. 8Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento. 9Eu asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória.”

10Então Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus. 11A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. Assim, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.

A Ceia do Senhor

(Mt 26.17-30; Lc 22.7-23; Jo 13.18-30)

12No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?”

13Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: “Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no 14e digam ao dono da casa em que ele entrar: O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos? 15Ele mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós”.

16Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. E prepararam a Páscoa.

17Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze. 18Quando estavam comendo, reclinados à mesa, Jesus disse: “Digo que certamente um de vocês me trairá, alguém que está comendo comigo”.

19Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram: “Com certeza não sou eu!”

20Afirmou Jesus: “É um dos Doze, alguém que come comigo do mesmo prato. 21O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido”.

22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: “Tomem; isto é o meu corpo”.

23Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam.

24E disse-lhes: “Isto é o meu sangue da aliança14.24 Alguns manuscritos trazem da nova aliança., que é derramado em favor de muitos. 25Eu afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”.

26Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.

Jesus Prediz que Pedro o Negará

(Mt 26.31-35; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38)

27Disse-lhes Jesus: “Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito:

“ ‘Ferirei o pastor,

e as ovelhas serão dispersas’14.27 Zc 13.7.

28Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia”.

29Pedro declarou: “Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!”

30Respondeu Jesus: “Asseguro que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes14.30 Alguns manuscritos não trazem duas vezes. cante o galo, três vezes você me negará”.

31Mas Pedro insistia ainda mais: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo.

Jesus no Getsêmani

(Mt 26.36-46; Lc 22.39-46)

32Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. 33Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. 34E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”.

35Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. 36E dizia: “Aba14.36 Termo aramaico para Pai., Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.

37Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, disse ele a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? 38Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

39Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. 40Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer.

41Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 42Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!”

Jesus é Preso

(Mt 26.47-56; Lc 22.47-53; Jo 18.1-11)

43Enquanto ele ainda falava, apareceu Judas, um dos Doze. Com ele estava uma multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos.

44O traidor havia combinado um sinal com eles: “Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele: prendam-no e levem-no em segurança”. 45Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Mestre!”, e o beijou. 46Os homens agarraram Jesus e o prenderam. 47Então, um dos que estavam por perto puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.

48Disse Jesus: “Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham me prender com espadas e varas? 49Todos os dias eu estive com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas as Escrituras precisam ser cumpridas”. 50Então todos o abandonaram e fugiram.

51Um jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo Jesus. Quando tentaram prendê-lo, 52ele fugiu nu, deixando o lençol para trás.

Jesus diante do Sinédrio

53Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei. 54Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo.

55Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio14.55 Conselho dos principais líderes do povo judeu. estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. 56Muitos testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes.

57Então se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: 58“Nós o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’ ”. 59Mas, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente.

60Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes fazem sobre você?” 61Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu.

Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”

62“Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.”

63O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes, perguntou: “Por que precisamos de mais testemunhas? 64Vocês ouviram a blasfêmia. Que acham?”

Todos o julgaram digno de morte. 65Então alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros, diziam: “Profetize!” E os guardas o levaram, dando-lhe tapas.

Pedro Nega Jesus

(Mt 26.69-75; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27)

66Estando Pedro embaixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali. 67Vendo Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse:

“Você também estava com Jesus, o Nazareno”.

68Contudo ele o negou, dizendo: “Não o conheço, nem sei do que você está falando”. E saiu para o alpendre14.68 Muitos manuscritos acrescentam e o galo cantou..

69Quando a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: “Esse aí é um deles”. 70De novo ele negou.

Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: “Certamente você é um deles. Você é galileu!”

71Ele começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço o homem de quem vocês estão falando!”

72E logo o galo cantou pela segunda vez14.72 Alguns manuscritos não trazem pela segunda vez.. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que duas vezes14.72 Alguns manuscritos não trazem duas vezes. cante o galo, você me negará três vezes”. E se pôs a chorar.

Nueva Versión Internacional (Castilian)

Marcos 14:1-72

Una mujer unge a Jesús en Betania

14:1-11Mt 26:2-16

14:1-2,10-11Lc 22:1-6

1Faltaban solo dos días para la Pascua y para la fiesta de los Panes sin levadura. Los jefes de los sacerdotes y los maestros de la ley buscaban con artimañas cómo arrestar a Jesús para matarlo. 2Por eso decían: «No durante la fiesta, no sea que se amotine el pueblo».

3En Betania, mientras estaba él sentado a la mesa en casa de Simón, llamado el Leproso, llegó una mujer con un frasco de alabastro lleno de un perfume muy costoso, hecho de nardo puro. Rompió el frasco y derramó el perfume sobre la cabeza de Jesús.

4Algunos de los presentes comentaban indignados:

―¿Para qué este desperdicio de perfume? 5Podía haberse vendido por muchísimo dinero14:5 muchísimo dinero. Lit. más de trescientos denarios. para dárselo a los pobres.

Y la reprendían con severidad.

6―Dejadla en paz —dijo Jesús—. ¿Por qué la molestáis? Ella ha hecho una obra buena conmigo. 7A los pobres siempre los tendréis con vosotros, y podréis ayudarlos cuando queráis; pero a mí no me vais a tener siempre. 8Ella hizo lo que pudo. Ungió mi cuerpo de antemano, preparándolo para la sepultura. 9Os aseguro que en cualquier parte del mundo donde se predique el evangelio, se contará también, en memoria de esta mujer, lo que ella hizo.

10Judas Iscariote, uno de los doce, fue a los jefes de los sacerdotes para entregarles a Jesús. 11Ellos se alegraron al oírlo, y prometieron darle dinero. Así que él buscaba la ocasión propicia para entregarlo.

La Cena del Señor

14:12-26Mt 26:17-30; Lc 22:7-23

14:22-251Co 11:23-25

12El primer día de la fiesta de los Panes sin levadura, cuando se acostumbraba sacrificar el cordero de la Pascua, los discípulos le preguntaron a Jesús:

―¿Dónde quieres que vayamos a hacer los preparativos para que comas la Pascua?

13Él envió a dos de sus discípulos con este encargo:

―Id a la ciudad y os saldrá al encuentro un hombre que lleva un cántaro de agua. Seguidlo, 14y allí donde entre decidle al dueño: “El Maestro pregunta: ¿Dónde está la sala en la que pueda comer la Pascua con mis discípulos?” 15Él os mostrará en la planta superior una sala amplia, amueblada y arreglada. Preparad allí nuestra cena.

16Los discípulos salieron, entraron en la ciudad y encontraron todo tal y como les había dicho Jesús. Así que prepararon la Pascua.

17Al anochecer llegó Jesús con los doce. 18Mientras estaban sentados a la mesa comiendo, dijo:

―Os aseguro que uno de vosotros, que está comiendo conmigo, me va a traicionar.

19Ellos se pusieron tristes, y uno tras otro empezaron a preguntarle:

―¿Acaso seré yo?

20―Es uno de los doce —contestó—, uno que moja el pan conmigo en el plato. 21A la verdad, el Hijo del hombre se irá tal como está escrito de él, pero ¡ay de aquel que lo traiciona! Más le valdría a ese hombre no haber nacido.

22Mientras comían, Jesús tomó pan y lo bendijo. Luego lo partió y se lo dio, diciéndoles:

―Tomad; esto es mi cuerpo.

23Después tomó una copa, dio gracias y se la dio, y todos bebieron de ella.

24―Esto es mi sangre del pacto,14:24 del pacto. Var. del nuevo pacto (véase Lc 22:20). que es derramada por muchos —les dijo—. 25Os aseguro que no volveré a beber del fruto de la vid hasta aquel día en que beba el vino nuevo en el reino de Dios.

26Después de cantar los salmos, salieron al monte de los Olivos.

Jesús predice la negación de Pedro

14:27-31Mt 26:31-35

27―Todos vosotros me abandonaréis —les dijo Jesús—, porque está escrito:

»“Heriré al pastor,

y se dispersarán las ovejas”.14:27 Zac 13:7

28Pero, cuando resucite, iré delante de vosotros a Galilea».

29―Aunque todos te abandonen, yo no —declaró Pedro.

30―Te aseguro —le contestó Jesús— que hoy, esta misma noche, antes de que el gallo cante por segunda vez,14:30 Var. no incluye: por segunda vez. me negarás tres veces.

31―Aunque tenga que morir contigo —insistió Pedro con vehemencia—, jamás te negaré.

Y los demás dijeron lo mismo.

Getsemaní

14:32-42Mt 26:36-46; Lc 22:40-46

32Fueron a un lugar llamado Getsemaní, y Jesús dijo a sus discípulos: «Sentaos aquí mientras yo oro». 33Se llevó a Pedro, a Jacobo y a Juan, y comenzó a sentir temor y tristeza. 34«Es tal la angustia que me invade que me siento morir —les dijo—. Quedaos aquí y velad».

35Yendo un poco más allá, se postró en tierra y empezó a orar que, de ser posible, no tuviera él que pasar por aquella hora. 36Decía: «Abba, Padre, todo es posible para ti. No me hagas beber este trago amargo,14:36 No … amargo. Lit. Quita de mí esta copa. pero no sea lo que yo quiero, sino lo que quieres tú».

37Luego volvió a sus discípulos y los encontró dormidos. «Simón —le dijo a Pedro—, ¿estás dormido? ¿No pudiste mantenerte despierto ni una hora? 38Velad y orad para que no caigáis en tentación. El espíritu está dispuesto, pero el cuerpo14:38 el cuerpo. Lit. la carne. es débil».

39Una vez más se retiró e hizo la misma oración. 40Cuando volvió, los encontró dormidos otra vez, porque se les cerraban los ojos de sueño. No sabían qué decirle. 41Al volver por tercera vez, les dijo: «¿Seguís durmiendo y descansando? ¡Se acabó! Ha llegado la hora. Mirad, el Hijo del hombre va a ser entregado en manos de pecadores. 42¡Levantaos! ¡Vámonos! ¡Ahí viene el que me traiciona!»

Arresto de Jesús

14:43-50Mt 26:14-56; Lc 22:47-50; Jn 18:3-11

43Todavía estaba hablando Jesús cuando de repente llegó Judas, uno de los doce. Lo acompañaba una turba armada con espadas y palos, enviada por los jefes de los sacerdotes, los maestros de la ley y los ancianos.

44El traidor les había dado esta contraseña: «Al que yo dé un beso, ese es; arrestadlo y lleváoslo bien asegurado». 45Tan pronto como llegó, Judas se acercó a Jesús.

―¡Rabí! —le dijo, y lo besó.

46Entonces los hombres prendieron a Jesús. 47Pero uno de los que estaban ahí desenfundó la espada e hirió al siervo del sumo sacerdote, cortándole una oreja.

48―¿Acaso soy un bandido14:48 bandido. Alt. insurgente. —dijo Jesús—, para que vengáis con espadas y palos a arrestarme? 49Día tras día estaba con vosotros, enseñando en el templo, y no me prendisteis. Pero es preciso que se cumplan las Escrituras.

50Entonces todos lo abandonaron y huyeron. 51Cierto joven que se cubría con solo una sábana iba siguiendo a Jesús. Lo detuvieron, 52pero él soltó la sábana y escapó desnudo.

Jesús ante el Consejo

14:53-65Mt 26:57-68; Jn 18:12-13,19-24

14:61-63Lc 22:67-71

53Llevaron a Jesús ante el sumo sacerdote y se reunieron allí todos los jefes de los sacerdotes, los ancianos y los maestros de la ley. 54Pedro lo siguió de lejos hasta dentro del patio del sumo sacerdote. Allí se sentó con los guardias, y se calentaba junto al fuego.

55Los jefes de los sacerdotes y el Consejo en pleno buscaban alguna prueba contra Jesús para poder condenarlo a muerte, pero no la encontraban. 56Muchos testificaban falsamente contra él, pero sus declaraciones no coincidían. 57Entonces unos decidieron dar este falso testimonio contra él:

58―Nosotros le oímos decir: “Destruiré este templo hecho por hombres y en tres días construiré otro, no hecho por hombres”.

59Pero ni aun así concordaban sus declaraciones.

60Poniéndose de pie en medio, el sumo sacerdote interrogó a Jesús:

―¿No tienes nada que contestar? ¿Qué significan estas denuncias en tu contra?

61Pero Jesús se quedó callado y no contestó nada.

―¿Eres el Cristo, el Hijo del Bendito? —le preguntó de nuevo el sumo sacerdote.

62―Sí, yo soy —dijo Jesús—. Y veréis al Hijo del hombre sentado a la derecha del Todopoderoso, y viniendo en las nubes del cielo.

63―¿Para qué necesitamos más testigos? —dijo el sumo sacerdote, rasgándose las vestiduras—. 64¡Habéis oído la blasfemia! ¿Qué os parece?

Todos ellos lo condenaron como digno de muerte. 65Algunos comenzaron a escupirle; le vendaron los ojos y le daban puñetazos.

―¡Profetiza! —le gritaban.

Los guardias también le daban bofetadas.

Pedro niega a Jesús

14:66-72Mt 26:69-75; Lc 22:56-62; Jn 18:16-18,25-27

66Mientras Pedro estaba abajo en el patio, pasó una de las criadas del sumo sacerdote. 67Cuando vio a Pedro calentándose, se fijó en él.

―Tú también estabas con ese nazareno, con Jesús —le dijo ella.

68Pero él lo negó:

―No lo conozco. Ni siquiera sé de qué estás hablando.

Y salió afuera, a la entrada.14:68 entrada. Var. entrada; y cantó el gallo.

69Cuando la criada lo vio allí, dijo de nuevo a los presentes:

―Este es uno de ellos.

70Él lo volvió a negar.

Poco después, los que estaban allí le dijeron a Pedro:

―Seguro que tú eres uno de ellos, pues eres galileo.

71Él comenzó a echar maldiciones.

―¡No conozco a ese hombre del que habláis! —les juró.

72Al instante, un gallo cantó por segunda vez.14:72 Var. no incluye: por segunda vez. Pedro se acordó de lo que Jesús le había dicho: «Antes de que el gallo cante por segunda vez,14:72 Var. no incluye: por segunda vez. me negarás tres veces». Y se echó a llorar.